A atual safra da uva pode chegar a 790 mil toneladas na Serra Gaúcha, segundo a estimativa da Emater/RS-Ascar, se as condições do clima continuarem favoráveis. Um aumento de 10% sobre a média histórica e 160% superior a média da safra passada que foi de apenas 304 mil toneladas.
Outra projeção positiva da Emater está nos quesitos sanidade e concentração de açúcares. Segundo o presidente da Emater/RS Clair Kuhn “embora as frequentes precipitações e baixa insolação a partir de dezembro tenham afetado a sanidade e a concentração de açúcares das variedades superprecoces, as de ciclo precoce, médio e tardio ainda podem ter essa situação revertida”.
Com exceção da Niágara, as demais cultivares, principalmente a Isabella e a Bordô, que representam mais de 50% da área cultivada na Serra, apresentam carga acima das suas médias.
O clima colaborou para o cultivo da fruta e para a boa safra 2016/2017. O frio intenso ocorrido entre a última semana de abril e o fim de setembro colaborou para a excelente brotação de gemas vegetativas, tanto no número quanto na uniformidade dos brotos e pode ser considerado o melhor inverno das últimas décadas, segundo o engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar, Enio Ângelo Todeschini.
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As geadas que ocorreram nos meses de outubro e novembro foram de baixa intensidade e não afetaram o cultivo. Ainda segundo Todeschini, o acúmulo de chuvas na segunda quinzena de outubro prejudicou pouco a safra, apesar de ser em um etapa muito importante para o cultivo, que é a fase de florescimento da planta “afora esse fato, a primavera apresentou ótimas condições para o desenvolvimento e sanidade dos parreirais, refletindo-se em baixo número de aplicações fitossanitárias”.
O presidente da Emater ressalta que o produto deve ser valorizado nesta safra “devido aos baixos estoques de produtos da safra passada (vinho, suco, espumantes) e ao incremento do consumo neste ano, motivado pelas condições típicas do inverno, o panorama é de valorização da uva, evidenciado pela precoce e forte procura do produto”, finaliza.
