Memória LEOUVE

A uma semana de Trump

A uma semana de Trump

Faltando exatamente uma semana pra saída de Barack Obama e a entrada de Donald Trump no comando da maior potência do planeta, esta semana o mundo pode ter uma prova do que será o próximo governo americano na primeira entrevista coletiva do presidente eleito.

 

Quer dizer, no que era pra ser uma entrevista coletiva pra anunciar como o milionário presidente pretende assegurar que não vai usar seu poder pra favorecer seus interesses comerciais particulares, mas que virou um grande show performático do mesmo Trump da campanha, com direito a pirotecnia e a verborragia de sempre.

 

A verdade é que, se alguém esperava ver um estadista em ação, deu com o burro, que aliás agora parece ter tudo a ver ser o símbolo do partido de Trump, na água; quem acredita no Trump deu com os burros n’água antes mesmo dele assumir o cargo.

 

Seguindo o estilo truculento que o consagrou como astro de tevê e agora também na política, Trump acusou os jornalistas que divulgaram o suposto dossiê russo contra ele de mentirosos e comparou a suposta atuação dos serviços americanos de inteligência com as maquinações na Alemanha nazista.

 

O certo é que o milionário norte-americano fez o oposto do que é esperado de alguém que está a poucos dias de ocupar uma posição tão importante e que já recebe informações privilegiadas como futuro ocupante da Casa Branca.

 

Mas isso não importa pra Trump, que preferiu ser grosseiro com os jornalistas, arrogante e ameaçador, e mostrou claramente ao mundo como ele vai lidar com as críticas ao recusar responder a um repórter da CNN porque a emissora teria divulgado notícias falsas e ao tratar com malícia perguntas difíceis de outros jornalistas.

 

O que Trump mostrou é que ele deve acreditar que ainda vive dentro de um dos reality shows que tanta fama deram pra ele, mas que nada tem a ver com a grande responsabilidade que ele tem pela frente.

 

Pois ele não respondeu a nenhuma questão realmente importante, e sé repetiu novas promessas vagas, como dizer que vai criar um seguro de saúde totalmente novo e confirmar a construção de um muro que, segundo ele, vai ser pago algum dia pelo México.

 

 

A verdade é que Trump parece mais um caso pra psiquiatria do que pra política, e que, quanto mais ele se aproxima da Casa Branca, mais se justifica a preocupação do mundo todo pelo que vem por aí.