Devastada, Santa Tereza começa a calcular os prejuízos da enxurrada

Com a queda do nível do Rio Taquari, o município de Santa Tereza começa a calcular os prejuízos da enxurrada e perceber o tamanho do desastre que assombrou a cidade serrana. Sem energia elétrica e com uma dezena de casas arrastadas pela cheia, o coro agora se volta para o interminável trabalho de recuperação de casas e comércio devastado pelas chuvas.

Mesmo com a rotina conhecida de enchentes na cidade, o que aconteceu, nesta segunda (04) e terça-feira (05), não era esperado nem nas piores previsões. De nada adiantou levantar mobílias, levar eletros para andares superiores. A maior enchente da história do município pegou todos de surpresa. Nada resistiu a força e quantidade de água que deixou Santa Tereza submersa.  A Patrulha Ambiental (PATRAM), de Bento Gonçalves, resgatou cerca de 180 moradores que ficaram ilhados na noite de segunda e madrugada de terça. 

Quando, enfim, a água cedeu, as ruas voltaram a aparecer e com elas toneladas de entulhos e lama. Muitos moradores perderam tudo o que tinham, inclusive suas casas. Segundo a prefeita, Gisele Calmo, a prioridade agora é levantar os prejuízos e ajudar a população. Água mineral e produtos de limpeza estão entre os pedidos de ajuda. Também alimentos são bem-vindos, visto que centenas de pessoas trabalham para que a normalidade posso voltar, ao menos tentar que volte.

Na tarde desta terça-feira (05), apesar da tristeza e incredulidade, pelo trágico presenciado, foi possível observar um início de esperança. O voluntariado entre moradores, equipes de ajuda, como saldados da companhia do 6º Batalhão de Comunicações, Bombeiros, Brigada, Polícia Rodoviária Estadual, servidores do poder público, como uma orquestra trabalham para fazer renascer o belo sorriso da, então, linda Santa Tereza.