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Novo secretário da Saúde aposta no fortalecimento das UBSs em Caxias do Sul

Novo secretário da Saúde aposta no fortalecimento das UBSs em Caxias do Sul

Um dos maiores desafios do novo governo em Caxias do Sul está na área da saúde. Reclamações referentes ao atendimento nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e principalmente no Postão 24 horas são frequentes entre os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), a abertura da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Zona Norte, foi uma promessa de campanha do prefeito Daniel Guerra (PRB), aguardada ansiosamente pela população caxiense. 

 

Essas são apenas algumas das missões que o novo secretário da Saúde, Darcy Ribeiro Pinto Filho terá que encarar. O médico formado pela Universidade de Caxias do Sul e com mestrado e doutorado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul conversou com a reportagem do Leouve sobre seus projetos e pretensões a frente da pasta da saúde no município. 

 

POSTÃO 24 HORAS

 

Um dos principais alvos das críticas dos usuários do SUS em Caxias do Sul é referente ao atendimento no Postão 24 horas. O novo secretário apontou dois fatores como vitais para a demora nos atendimentos. Segundo ele, muitas vezes os pacientes se deslocam até o Postão com problemas que poderiam ser resolvidos nas UBSs. Ele também admitiu que existe uma defasagem relativa ao número de médicos no local.

 

“A primeira atitude que nós tomamos foi delegar aos coordenadores que estão assumindo a coordenação do Postão 24 horas a autonomia da escala pelos médicos. Eles fazem a própria escala, e ao fazerem a própria escala se comprometem com o cumprimento dela por um período longo, de um ano no mínimo. Mas o nosso problema também não é só apenas o atendimento e o número de médicos no Postão, é que a demanda é exagerada por pessoas que não precisavam estar aqui. Vamos corrigir isso fortalecendo a capacidade assistencial das Unidades Básicas, para que a pessoa possa ficar no seu bairro e lá ela ter um atendimento com alto poder de resolução. A nossa estratégia para os primeiros dias de governo e trabalhar nesse sentido é a nossa prioridade”, destaca.

 

FORTALECIMENTO DAS UBSs

 

Darcy Ribeiro aposta no fortalecimento das UBSs para descentralizar os atendimentos que em grande parte ficam concentrados no Postão 24 horas, para isso ele pretende aumentar a presença dos médicos nas Unidades Básicas de Saúde.

 

“A primeira situação que estamos trabalhando é a disponibilidade médica, nós precisamos ter médicos nas Unidades Básicas para que quando a pessoa precise da UBS ela possa recorrer. Nós vimos que há muitas falhas no atendimento das UBSs considerando que os médicos por carga horária, por acordos prévios, por um tipo de atendimento muitas vezes não estão presentes na unidade e isso faz com que a pessoa tenha que procurar o Postão 24 horas porque não tenha outra alternativa em busca do recurso médico”, explica.

 

UPA ZONA NORTE

 

Segundo Ribeiro, estruturalmente a UPA Zona Norte está pronta faltando apenas um equipamento de raio-x e as câmeras de monitoramento que já estão em processo de licitação, o principal entrave é em relação a gestão e o custeio do local. Apesar de não estabelecer um prazo Ribeiro confirmou que ela será inaugurada o mais rápido possível.

 

"O que está pendente na abertura dessa unidade é em relação a gestão e o custeio. A gestão ou própria, ou terceirizada e o custeio dentro do planejamento orçamentário do município que vai buscar os recursos para a gestão possa ser executada. Isso é uma prioridade do governo, entendemos que a UPA deve ser aberta o mais breve possível. Existe uma expectativa de um custo mensal de R$ 2 milhões para a abertura da UPA Zona Norte.”, afirma. 

 

FALTA DE MÉDICOS

 

O secretário pediu mais tempo para poder afirmar se existe ou não a necessidade de aumento no número de médicos em Caxias do Sul, mas não descartou a chance de novas nomeações caso necessário.

 

“Estamos avaliando o quadro funcional, antes de dizer se faltam médicos é importante saber onde estão distribuídos os médicos e nós estamos fazendo esse trabalho. Não posso dizer que falte médicos, mas tenho a impressão que se faltam são poucos, e se faltar vamos tentar recompor o quadro no sentido de dar um número de médicos necessários para atender a população”, salienta.