O prefeito de Bento Gonçalves, Guilherme Pasin, confirmou nesta terça-feira, dia 20, que a segunda parcela do 13º salário do funcionalismo municipal deverá ser paga até o final de dezembro. O atraso na quitação se deve aos problemas de caixa para fechar as contas do final do mandato.
“É uma condição de data. Nosso objetivo é contar com todos os recursos que entrarão até o final do ano para cumprir os compromissos”, afirmou, lembrando que o município havia optado por antecipar 40% do 13º.
Pasin revela que o principal motivo para as dificuldades é o crescimento vegetativo da arrecadação do município, o aumento real em insumos e os atrasos nos repasses do estado e da União.
O prefeito avalia que a parcela do IPVA e o Fundo de Participação dos Municípios (FPM) devem aliviar o caixa e garantir o pagamento dos compromissos. A prefeitura também espera receber da União recursos das multas correspondentes à repatriação de valores.
Além disso, a prefeitura está executando a dívida ativa, isto é, cobrando de quem está em dívida com o município. A dívida ativa de Bento está atualmente em torno de R$ 52 milhões.
“Estamos crescendo menos que a inflação há três anos e nossos custos sobem para fazer a mesma coisa em um orçamento cada vez mais enxugado”, avalia.
Mesmo que o município venha adotando medidas de contenção, como o atendimento em turno único desde outubro, a dispensa de servidores contratados como cargos em comissão e a restrição das diárias e horas extras, que, segundo ele, são autorizadas de forma excepcional, as dificuldades para fechar as contas se repetem.
Assim como no final de 2015, a prefeitura enfrenta problemas como a paralisação de servidores da área da saúde, por exemplo, por falta de pagamento do contrato com a Fundação Araucária, e a falta de medicamentos.
“Aconteceu o ano passado também um momento muito difícil. Os fechamentos de exercício são muito pesados. Cada vez mais, pra fazer aquilo que precisa fazer, está ficando mais pesado”, admitiu o prefeito.