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Falta de vereadores em audiência revolta pais de alunos do Aveline em Bento

Falta de vereadores em audiência revolta pais de alunos do Aveline em Bento

A falta de pelo menos 14 dos 17 vereadores e a não presença do Poder Executivo e do Ministério Público na audiência pública para debater o fechamento do noturno da Escola Alfredo Aveline, realizada na noite de quarta-feira, dia 15, na Câmara de Bento, revoltou as cerca de 200 pessoas entre pais, alunos, professores e populares que estiveram presentes no plenário.

 

A audiência que iniciou às 19h30min, após sessão ordinária, teve a presença de somente três vereadores: Valdecir Rubbo (PTB), Moacir Camerini (PDT) e Neilene Lunelli (PT) que a presidiu.

 

Tanto Poder Executivo, quanto MP se manifestaram através de ofícios. A Prefeitura Municipal, através da Secretaria da Educação, informou que a situação já estava definida e que por isso não enviaria representantes além de ter um compromisso marcado anteriormente para o momento.

 

Já a Promotoria da Infância e da Juventude informou que a responsabilidade da promotoria é de garantir o direito a educação, em caso de encerramento ou não do noturno da escola.

 

Durante a audiência vários pais e alunos usaram a tribuna para fazer denúncias de várias irregularidades que vem ocorrendo na escola e também para repudiar a atitude dos vereadores de não comparecerem a Câmara, que segundo eles é de total descaso com a população.

 

Segundo Edson Turra, pai de aluno e que encabeça o movimento diz que irá levar o caso a assembleia “agora eu estou indo na assembleia em Porto Alegre, e vou tomar minhas providências fora de Bento Gonçalves, com relação ao que aconteceu hoje, o descaso de ter uma audiência pública e eles não ficarem aqui para fazer essa audiência”.

 

A vereadora Neilene Lunelli, que presidiu a audiência, discorda da SMED, com relação ao noturno da escola ser um “custo” a mais para o município, e ainda destaca que o modo como tudo aconteceu foi irregualar “quando se fala que é custo, não, a educação é investimento. E uma coisa que os pais e alunos estão revoltados, eles tomaram essa decisão sem consultar a comunidade. Eles foram pra escola em uma segunda-feira e simplesmente colocaram que iam fechar o ensino noturno, no meu ver quando se está em uma gestão democrática a gente convoca uma assembleia de pais e alunos e se ouve a posição dos pais e alunos”.

 

Sobre o não comparecimento de seus colegas de plenário, a vereadora foi categórica “cada vereador sabe, ele recebeu uma parcela de voto da comunidade, ele deve saber se vai estar aqui ou não pra prestigiar essa audiência”.

 

 

O movimento agora deve entrar com ação na Justiça, apesar de a Smed já ter dito que a posição é definitiva. Os pais dos alunos contam com um abaixo-assinado com mais de 1,5 mil assinaturas para tentar reverter a situação.