Uma tradição de mais de 200 anos nos Campos de Cima da Serra foi finalmente reconhecida no Rio Grande do Sul. O Queijo Artesanal Serrano agora possui legislação própria, que trata da produção e comercialização, aprovada pela Assembleia Legislativa na terça-feira, dia 13. A partir da regulamentação do Queijo Artesanal Serrano, a produção será fortalecida, conferindo maior valor agregado ao produto, garantindo a formalidade da produção e preservando a história, a cultura e a tradição do produto.
Para o proponente do projeto, o deputado estadual Vinicius Ribeiro, a aprovação do projeto representa o coroamento de um trabalho de uma década do Emater/RS-Ascar, em parceria com os sindicatos e produtores. “É uma segurança à produção e comercialização do produto, reconhece a história e a cultura deste processo centenário e é um incentivo à permanência do jovem no campo, afinal estamos agregando valor a um produto na sua origem, auxiliando assim a economia local e a valorização dos produtores”, disse Vinicius.
Para Jaime Ries, zootecnista e assistente técnico estadual em Leite da Emater/RS-Ascar, o reconhecimento oficial da existência do Queijo Artesanal Serrano, fabricado com leite cru, dá segurança para o produtor investir na produção. “Com essa garantia, projetamos para 2017 a formalização de 50 microqueijarias, a serem legalizadas junto ao Serviço de Inspeção dos 16 municípios gaúchos que compõem a Região Delimitada dos Campos de Cima da Serra para Queijo Artesanal Serrano, que abrange cerca de 1.500 produtores”, ressalta Ries, ao comparar com o Queijo Colonial, que é produzido em 104 queijarias legalizadas em todo o Estado.