Bento Gonçalves

Gêmeos prematuros deixam o hospital 126 dias após nascimento

Os bebês nasceram com 25 semanas e precisaram de cuidados intensivos

gêmeos prematuros
A mãe Ketya com os filhos Benjamin e Valentim. Foto: arquivo pessoal

Os gêmeos prematuros Benjamin e  Valentim , filhos da funcionária pública Katya Vieira de Carvalho venceram uma batalha que implicou em paciência e muitos cuidados. Frutos de uma gravidez planejada, ninguém poderia prever os desafios enfrentados durante a gestação dos irmãos.  Depois de passar por uma cirurgia intrauterina, os bebês nasceram com 25 semanas e precisaram completar seu desenvolvimento na UTI Neonatal do Tacchini. Nesta semana, depois de 126 dias (os últimos em leito de internação para adaptação), eles receberam alta e conheceram pela primeira vez o mundo fora das paredes do hospital.

Benjamim nasceu com 34 centímetros e pesava 720 gramas. Já Valentim nasceu com 31 centímetros, pesando 680 gramas. Hoje, ambos já ultrapassaram os 2 quilos, limite mínimo para receber alta da UTI Neonatal. Para que essa transformação ocorresse, eles precisaram receber todo o cuidado da equipe multiprofissional do Tacchini e, claro, o amor, carinho e leite materno oferecidos pela mãe.

“Nos últimos meses vivi a rotina que a gente apelidou de mãe de UTI. Desde o primeiro dia tive o contato pele a pele com os bebês e frequentava o Banco de Leite de 3 em 3 horas. Esse estímulo contínuo me ajudou a alimentar integralmente o Benjamim e o Valentim exclusivamente com leite materno”, descreve Katya.

De acordo com as mais relevantes pesquisas científicas publicadas no mundo, o aleitamento materno é crucial para o desenvolvimento saudável de bebês prematuros, incluindo o fornecimento de nutrição ideal, proteção contra infecções e contribuição no desenvolvimento do sistema nervoso central dos bebês. O desfecho positivo de Benjamim e Valentim reforça na prática o resultado desses estudos.

Os bebês com os pais e a equipe médica e de enfermagem

Os gêmeos prematuros contaram com um fator importante para o êxito na luta pela vida: “A alta dos bebês alimentados com leite humano é precoce se comparada àqueles alimentados com fórmula. Eles adoecem menos. O número de doenças próprias do prematuro diminui muito”, lembra a pediatra da UTI Neonatal do Tacchini, Elisabethe Meneguzzi.

Com os gêmeos Benjamim e Valentim Valentim e Benjamim em casa, a rotina de Katya vai mudar, mas ela ainda pretende continuar doando o excedente do seu leite. “Todas as vezes que eles não mamarem tudo que tenho no seio, vou retirar e trazer para o AMA. Mais do que ninguém, eu sei o quanto cada ml faz a diferença no desenvolvimento dos bebês. Doar o próprio leite é um sentimento inexplicável”, completa.

Como doar

Toda mulher em período de amamentação é uma potencial doadora de leite. Para contribuir ou para buscar mais informações a respeito do Banco de Leite Humano Ama Tacchini, basta entrar em contato pelo telefone (54) 3055 0303, pelo email [email protected] ou pelo WhatsApp (54)99237-1842. O espaço funcionará todos os dias, das 8h às 18h.

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