Memória LEOUVE

Municípios terão dinheiro extra para fazer frente às contas

Municípios terão dinheiro extra para fazer frente às contas

 

Com elevada presença de prefeitos da região, Nova Prata sediou na tarde de sexta-feira a última reunião ordinária da AMESNE – Associação dos Municípios da encosta Superior do Nordeste. Apenas um encontro de confraternização, em local a ser definido, ainda reunirá os prefeitos este ano, conforme informa o presidente da associação, o prefeito de Vista Alegre do Prata, Ricardo Bidese.

O encontro de sexta-feira trouxe alento aos chefes de executivo. O principal item da pauta foi a explanação do ex-presidente da entidade e atual vice-presidente da Famurs, Aícaro Ferrari, que trouxe tabelas de receitas extras que representam reforço de caixa aos municípios neste final de ano. Sobretudo num ano em que, em média, o s municípios arrecadaram 6,6% a menos em relação ao período anterior.

Estão garantidas as antecipações de receitas do ICMS de janeiro e do IPVA. Mas além delas existem outras duas receitas extras ingressando automaticamente uma delas é o FEX, um fundo sobre resultados das exportações que injetará cerca de cinco milhões rateados entre os 31 municípios da associação e o outro – cuja maior parte já foi depositada nas contas das prefeituras – refere-se à parcela dos municípios do dinheiro auferido com a repatriação de recursos depositados no exterior. São aproximadamente 16 milhões. O montante distribuído aos municípios brasileiros é de 22,5% sobre os 46 bilhões arrecadados e a distribuição é de acordo com a participação no FPM de cada município.

A outra frente que deve significar um alívio para o pagamento do 13º das prefeituras é a possibilidade de venda da folha de pagamento ao Banrisul. Muitos municípios – a exemplo de Bento Gonçalves, Farroupilha ou Caxias – já tem sua folha vendida. Mas este é um negócio que nunca foi considerado atrativo pelos bancos quando se tratava de municípios de pequeno porte. Agora, após ampla negociação, o Banrisul abriu esta possibilidade. Municípios de pequeno porte, como Nova Araçá (cujo chefe do executivo é o próprio Aícaro) poderão ter ingresso de aproximadamente 100 mil reais para a venda da folha pelo período de cinco anos. Segundo o vice-presidente da Famurs, o dinheiro vai ajudar muitos municípios a fechar as contas neste final de mandato. Ele sugere aos prefeitos que façam projeto autorizativo neste sentido a ser aprovado pelos vereadores. O prazo para a venda é 20 de novembro e o ingresso de receitas será em duas parcelas, a primeira ainda este ano, de 70% e os 30% restantes em 31 de janeiro de 2017.

A má notícia é que o estado continua devendo repasses aos municípios e a sugestão é que os prefeitos busquem estes valores através de ajuizamento de ações. “Pela via administrativa possivelmente vocês não verão mais estes recursos”, sugere Aícaro. Os valores referem-se a repasses que deveriam ter ocorrido entre 2014 até junho deste ano e variam de acordo com o porte de cada município.  Guabijú, por exemplo, tem 74 mil em atraso;  Caxias 6,9 milhões; Serafina Correa e Nova Prata 500 mil cada um.

Como anfitrião do encontro, o  prefeito de Nova Prata, Volnei Minozzo convidou aos demais colegas para prestigiarem a ExpoPrata, que se realiza no município entre os dias 11 e 15 de novembro.

 

Municípios         Recursos da repatriação*            FEX

 

Antônio Prado                   R$ 557.490          R$ 69.764

Bento Gonçalves                R$2.229.957       R$ 561.345

Caxias do Sul                    R$ 3,681.736      R$ 2.280.642

Fagundes Varela               R$ 418.117         R$ 23.398

Guaporé                           R$ 975.604         R$ 82.057

Veranópolis                       R$ 975.604         R$ 13.857

Santa Tereza                     R$ 418.117         R$ 12.500

 

 

*Listados apenas parte dos municípios como amostragem

** 20% destes recursos são retidos para destinação ao Fundeb