Ministro admite pauta do setor na abertura do Congresso Mundial da OIV

Um evento que insere definitivamente a capital brasileira do vinho, Bento Gonçalves, no mapa mundial da produção de uvas e vinhos. Assim pode ser definida em poucas palavras a realização do 39º Congresso Mundial da Vinha e do Vinho, que iniciou neste domingo, dia 23, com recepção aos inscritos e palestrantes, e que prossegue até a próxima sexta-feira, dia 28. Pela primeira vez no Brasil e a segunda na América do Sul, o congresso promovido pela Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV) tem como tema central desta edição os avanços tecnológicos diante dos desafios do mercado.

Nesta edição, quase 500 inscritos vindos de mais de três dezenas de países, vão participar de painéis que, como a proposição do tema dita, tratarão da qualidade no campo aos processos de elaboração e do avanço das leis que regulam o setor.

“O evento é uma grande apresentação internacional dos avanços de pesquisas nos assuntos relacionados à uva e vinho, divididos nas áreas de viticultura, enologia, economia e direito e segurança e saúde”, informa José Fernando da Silva Protas, pesquisador da Embrapa Uva e Vinho, integrante da comissão organizadora.

Durante a abertura oficial do evento, na manhã desta segunda-feira, dia 24, o mais importante fórum da vitivinicultura mundial contou com a presença do ministro da Agricultura do Brasil, Blairo Maggi, e da presidente da OIV, a alemã Monika Christmann, que saudou os presentes em português. Em todos os pronunciamentos, muitos elogios à evolução dos vinhos e espumantes nacionais e à organização do setor. Em seus pronunciamentos, os dois se referiram de maneira carinhosa à cidade que acolhe o congresso.

Para Monika, estar no país será uma oportunidade única para conhecer de perto uma cultura e um lugar da qual já ouviu muito e pelo qual tem especial curiosidade.

"Estou convencida de que todos os trabalhos selecionados que serão apresentados no evento levarão a uma melhor compreensão mútua graças ao belo entorno oferecido pelo Brasil nesta bela região de Bento Gonçalves", afirmou.

Maggi lembrou os tempos de pioneirismo gaúcho no oeste paranaense e revelou que sua família, que saiu do Rio Grande do Sul para o Paraná e, depois, para abrir novas fronteiras agrícolas no mato Grosso, passou por aqui.

"Tenho uma ligação sentimental com Bento Gonçalves", confessou o ministro, que acenou com a possibilidade de incluir na pauta do governo as reivindicações do setor, como a inclusão no Supersimples e a realização de um cadastro nacional.