Memória LEOUVE

Fiscal da própria escolha

Fiscal da própria escolha

Começa hoje a semana decisiva das eleições municipais nas cidades que têm segundo turno. Aqui no estado, quatro cidades vão decidir no próximo domingo quem terá a tarefa de comando a partir de janeiro de 2017.

 

Tanto em Porto Alegre quanto em Caxias do Sul, Canoas e Santa Maria, a disputa está acirrada e marcada por denúncias, agressões, violência e muitos boatos, numa verdadeira inversão do que se espera de uma disputa que afunila a escolha do eleitor em duas propostas, e que, por isso mesmo, deveria ser o tempo para se esmiuçar planos de governo, mas não é.

 

O segundo turno deveria ser o lugar onde o eleitor volta a ser o fiscal da própria escolha, confirmando acertos e refutando eventuais erros, separando o compromisso da promessa e a proposta viável do sonho inatingível.

 

Porque a escolha do eleitor, principalmente no segundo turno, não admite uma opção às cegas.

 

Por isso, o que está em jogo hoje é a capacidade do candidato convencer que ele vai trabalhar para o povo, de forma imparcial e transparente, e não se ele é o que mais acusa o adversário.

 

Porque o eleitor oferece o voto, mas o candidato tem de oferecer credibilidade para merecer essa confiança.

 

Afinal, votar e vigiar são direitos fundamentais do eleitor do segundo turno. Porque o voto deve ser exercido como instrumento da democracia, da cidadania, da ética e da vitória dos princípios constitucionais.

 

 

É isso que, sinceramente, eu espero que seja a pauta principal, ao menos esta semana.