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Possibilidade de fuga motivou prisão de Eduardo Cunha

Possibilidade de fuga motivou prisão de Eduardo Cunha

A prisão do ex-presidente da Câmara Federal Eduardo Cunha, ocorrida nesta quarta-feira, dia 19, em Brasília, foi motivada pelos riscos que ele representava à instrução do processo e à ordem pública, mas principalmente porque o Ministério Público Federal (MPF), que solicitou a prisão na terça-feira, dia 18, avalia que havia uma “possibilidade concreta de fuga”, porque Cunha teria “disponibilidade de recursos ocultos no exterior” e dupla nacionalidade – ele tem passaporte italiano.

 

A prisão de Cunha, decidida nesta quarta-feira pelo juiz Sérgio Moro, é preventiva, ou seja, por tempo indeterminado, e faz parte do processo que acusa o ex-deputado do PMDB carioca de receber propina de contrato de exploração de Petróleo no Benin, na África, e de usar contas na Suíça para lavar o dinheiro. Para o MPF, ele teria cerca de US$ 13 milhões ocultos  no exterior.

 

Na segunda-feira, dia 17, após receber o processo do Supremo Tribunal Federal (STF) na quinta-feira, dia 13, depois que a cassação do mandato ocorrida em setembro retirou o foro privilegiado de Cunha, Moro havia encaminhado uma intimação que dava 10 dias para a apresentação da defesa prévia, mas os argumentos do MPF foram fortes para fazer o juiz decretar a prisão.

 

 

Depois de preso, Cunha foi encaminhado em um avião da Pol[ícia Federal para Curitiba, onde permanecerá à disposição da Justiça.