Memória LEOUVE

A lei é implacável em Brasília ou em Monte Belo

A lei é implacável em Brasília ou em Monte Belo

Está certo, a polícia foi buscar uma prova, não a encontrando viu outro ilícito e resolveu prender o prefeito eleito de Monte Belo do Sul. Injusto? Pode ser, mas legal, sem dúvida.

 

A questão que paira é esta da necessidade da prisão em flagrante. Sendo uma figura pública, após lavrada a prisão, sim, a publicidade do ato era inescapável. Mas como frisou um colega jornalista, para dizer o mínimo, foi estranha toda a ação de busca e apreensão. Pairam muitas dúvidas sobre o ocorrido e eu desconfio que tudo ocorreu com atraso de sete dias, para sorte do prefeito eleito. Tivesse sido sete dias atrás e sua eleição estaria comprometida.

 

Teria sido caso sob encomenda? Quero crer que não. Mas vai longe o tempo em que acreditava em polícia e poder judiciário técnicos e isentos. Não, me perdoem, mas eles são altamente influenciáveis e nem sempre bebem de fontes isentas. Aliás, fonte isenta é algo que também aprendi a ver com desconfiança. Coisas da idade e de tanto ver triunfar o mal. Chama-se desencanto ou perda da inocência.

 

Não pode ter arma em casa, salvo se tiver documentação para a sua posse. Mas queria saber se a polícia entrassem em cem por cento das casa nas comunidades do interior: Monte Belo, Santa Tereza e Pinto Bandeira. Em quantas encontrariam armas? É resquício de um passado recente me que caçar era esporte e meio de sobrevivência antes disto. Mais recentemente a arma em casa do interior virou sinônimo de proteção, pois os bandidos descobriram que ali as pessoas deixavam portas destrancadas e valores embaixo do colchão.

 

Mas aí veio a nova lei e só ficou armado quem não respeita a lei ou quem tem dedo da violência entrar em sua casa. Bandido ou cidadão, todos nivelados pela lei do desarmamento.

 

 

Quem toma uma latinha de cerveja ou dois litros de uísque e for dirigir também estarão enquadrados. Limita-se os gastos da União pela inflação. Marajás e dependentes do bolsa família enquadrados da mesma forma. É o que temos para hoje e para amanhã e depois.