Memória LEOUVE

Cuidado,bons homens às vezes se tornam políticos medíocres

Cuidado,bons homens às vezes se tornam políticos medíocres

Não sei como foi na vida de cada um, mas eu cheguei na sala hoje pela manhã e recolhi uma meia dúzia de santinhos e folhetos esparramados sobre a mesa. Aos sair olhei a caixinha do correio e lá estavam propostas, números e fotos de candidatos vitoriosos e outros que terão que esperar mais quatro anos para tentar outra vez.

 

Chego ao trabalho e mais papeis e anotações, folhas e folhas, muitos nomes, números de telefones e anotações de votos e partidos. Quase tudo vai pro lixo. Hora de reciclar. Terminaram as eleições e estamos livres para retomar nossas vidas. É de se esperar realizações amplas e frustrações limitadas.

 

Quem, como eu, não conta com cargo que dependa da boca da urna, deve estar aliviado. Quem já tinha o seu cargo em comissão e nele permanecerá também deve estar aliviado. Mas, pesando bem, há mais gente para acomodar e a briga por espaços já recomeça hoje. Há novas grandezas, novas correlações de força e quem dormir no ponto vai perder espaço, certamente.

 

Nas câmaras de vereadores muita renovação. Sabe o que me preocupa? Tem gente nova chegando, Pessoas com essência e propósitos nobres. Gente que vai perder a inocência logo ali, que vai ser levada de arrasto porque a política é isto, a arte de construir o possível e o possível não concede espaço para o novo, o reformador. Ela quer o convencional, a vala comum. Então estamos sujeitos a ver boas pessoas se transformarem em políticos medíocres.

 

Veremos em 31 de dezembro próximo gente que chegou quatro anos atrás muito bem intencionada precisando se despedir. Fizeram pouco, ou até muito, mas não o que deles se esperava a ponto de terem a oportunidade de voltar.

 

Parabéns aos prefeitos eleitos ou reeleitos. Parabéns a Guerra e Néspolo em Caxias.

 

 

Pasin atropelou, tem reafirmada a condição de político de proa. Pode sonhar uma Bento maior e melhor e lhe é permitido imaginar novos e altos voos.

 

Adenir Dallé voltará a comandar Monte Belo do Sul, mostrando que o povo quer renovação, mas que não descarta quem já tem experiência e não decepcionou. O próprio Lírio Turri já havia governado em duas oportunidades distintas. Agora cedeu o passo (ou, o paço).

 

Pois que esta segunda-feira pós eleitoral venha com doses justas de alegrias e responsabilidades. A vida segue para vencedores e derrotados, cada um com seus desafios, suas glórias, seus fantasmas.