Neste domingo, nós, brasileiros espalhados pelos mais de cinco mil municípios em todo o país, vamos cumprir a missão maior da cidadania: escolher os nossos representantes, os representantes do povo, prefeitos e vereadores, pelos próximos quatro anos.
Por isso, separar o joio do trigo, conhecer as propostas de cada candidato e o que fez ou deixou de fazer pelo município e pela população que agora quer representar é o mínimo necessário para uma escolha eficiente e, mesmo que a política dê seguidas provas de que estamos mesmo afogados num mar de lama, é preciso confiar na eleição como a única forma de mudar essa realidade.
Por isso, mesmo que o desânimo seja grande e a esperança pouca, é preciso confiar que o exercício do voto é fundamental na construção da cidadania, e que é só através dele que as transformações se tornam possíveis.
As eleições municipais são, enfim, o mais privilegiado espaço para a prática coletiva da cidadania, onde se solidifica a cultura da participação social.
Afinal de contas, é nas eleições municipais onde temos condição de reconhecer o bem e o mal na raiz, ali onde está nascendo, e extirpá-lo como erva daninha ou regá-lo para que dê frutos. O ambiente político local é a verdadeira chave para mudar comportamentos, porque os debates estão muito próximos, os candidatos são reconhecidos nas ruas, muitas vezes são nossos vizinhos.
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Mas, diante de toda a corrupção, as negociatas, os conchavos e a impunidade que grassam na politica nacional, como mudar essa realidade? As respostas são complexas, mas tenho certeza que os caminhos apontam na direção do interesse público e do bem comum.
A verdade é que temos de aprender a fazer política. Porque, para alterar esse modus operandi do toma-lá-dá-cá que caracteriza nossa política tupiniquim, devemos começar pelas eleições municipais.
E, pra isso, teremos uma grande chance neste domingo, porque é a partir do município que construiremos um futuro melhor para nós, para a nossa cidade e, em consequência, para todo o país.
