Bento Gonçalves

Vacinação contra a gripe atingiu apenas 49% do público-alvo em Bento Gonçalves

Meta de vacinação contra a gripe, segundo a OMS, é de 95% dos grupos de risco

vacinação contra a gripe
Vacina é aplicada em todas as unidades de saúde (Foto: ASCOM)


A vacinação contra a gripe em Bento Gonçalves atingiu apenas 49% do público-alvo, mais de três meses após o início. O número é consideravelmente distante dos 90% a 95% recomendados pela Organização Mundial da Saúde.

Na Capital do Vinho, a vacinação contra a gripe ocorre de segunda a sexta-feira, das 7h30min às 11h e das 13h às 16h30min, em todas as unidades básicas de saúde. A imunização é recomendada, principalmente, àquelas pessoas pertencentes aos grupos de risco.

Deles, fazem parte idosos, com 60 anos ou mais, crianças menores de cinco anos de idade, gestantes, puérperas e pessoas com doenças crônicas (diabetes, doença cardíaca, pulmonar ou renal crônica, deficiência imunológica), pessoas com obesidade mórbida e também com doenças provocadas por alterações da hemoglobina.

Vacinação contra a gripe previne possíveis complicações

Apesar de aparentemente simples, nestes casos a influenza pode evoluir para quadros mais grave e até mesmo o óbito. De acordo com a OMS, a vacinação contra a gripe é fundamental, também, pela elevada transmissibilidade do vírus, podendo facilmente se tornar epidemia sazonal ou até mesmo uma pandemia.

Baixa cobertura

O problema com a baixa adesão à vacinação contra a gripe é nacional. De acordo com o Ministério da Sáude, chamam à atenção principalmente os números relacionados ao idosos, um dos grupos considerados de risco para a doença.

Até o início de julho, os dados apontavam apenas 56% da população idosa imunizada contra a influenza. O ideal segundo a OMS, é que o País atinja 90% deste grupo.

“Estamos totalmente na contramão, do ponto de vista que estamos envelhecendo. Isso significa que há no Brasil uma população muito mais suscetível a ter gripe, e tudo que essa doença traz, contra o que havia no passado, quando se alcançava 95% de cobertura vacinal na campanha de imunização. Existe esse paradoxo do ponto de vista da cobertura e de aumento da população de risco”, afirmou recentemente, à Agência Brasil, a infectologista Rosana Richtmann.