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Ex-ministro Guido Mantega é preso por suspeita de intermediar propina ao PT

Ex-ministro Guido Mantega é preso por suspeita de intermediar propina ao PT

Um dos principais alvos da 34ª fase da Operação Lava-Jato, o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega foi preso temporariamente na manhã desta quinta-feira, dia 22, acusado de intermediar um pagamento de R$ 5 milhões ao Partido dos Trabalhadores (PT) realizado pelo empresário Eike Batista como uma compensação pelo contrato firmado entre a OSX Construção Naval de Batista e a Petrobrás.

 

De acordo com a Polícia Federal, a operação, batizada de Arquivo X em alusão Ás empresas de Batista, investiga a contratação de um consórcio entre a OSX e a mendes Júnior para a construção das plataformas P-67 e P-70, que seriam utilizadas para exploração de petróleo na camada do pré-sal, mesmo sem possuir experiência ou estrutura para executarem a operação.

 

 

A PF afirma ainda que, nesse processo, houve fraude do processo licitatório, corrupção de agentes públicos e repasses de recursos a agentes e partidos políticos responsáveis pelas indicações de cargos importantes da Petrobras.

 

A investigação apura se Mantega atuou diretamente com Eike para negociar o repasse de recursos que seriam utilizados para o pagamento de dívidas de campanha do PT e que seriam destinados ao marqueteiro João Santanna e a sua mulher, Monica Moura, já investigados na Lava-Jato.

 

A informação consta no depoimento do megaempresário Eike Batista, ex-presidente do Conselho de Administração da empresa OSX, que falou ao MPF.

 

 

 

Na operação, os agentes da PF cumprem 49 mandados no Rio Grande do Sul, em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, e no Distrito Federal. No estado, a polícia cumpre um mandado de busca e apreensão, mas não divulgou o nome do alvo da ordem judicial. No total, foram expedidos 33 mandados de busca e apreensão, oito de prisão temporária e oito de condução coercitiva, que é quando a pessoa é levada para prestar depoimento.