Memória LEOUVE

A direção do Inter sabe o que está fazendo?

As trocas constantes de modelos de jogo e formas de gerir o vestiário tem sido fundamental para os anos sem título do Inter

A direção do Inter sabe o que está fazendo?

Eduardo Coudet tem o prestigio de boa parte da torcida colorada. Algo que Mano Menezes não conseguiu no período em que ficou no Estádio Beira-Rio. O problema é que a direção colorada parece não saber o que está fazendo, demorou para tomar a decisão e traz de volta alguém que deixou o clube de forma conturbada no passo. Mas, é preciso destacar que essa confusão na gestão não é exclusividade de Alessandro Barcellos.

As trocas constantes de modelos de jogo e formas de gerir o vestiário tem sido fundamental para os anos sem título do Inter, algo que não pode de forma alguma acontecer em uma instituição deste tamanho. Por vezes, parece que os cartolas do Beira-Rio não compreendem a história de uma equipe centenária e campeã do mundo.

Vamos traçar uma breve cronologia dos últimos técnicos que pisaram no lado vermelho de Porto Alegre. Antes de Mano Menezes, o Inter teve no banco de reserva o argentino Alexander Medina, o uruguaio Diego Aguirre, o espanhol Miguel Ángel Ramírez, o brasileiro Abel Braga e o também argentino Eduardo Coudet. Fazer uma relação entre o trabalho deles, maneiras de jogar e gerir as equipes é quase impossível. O que só mostrar os anos e anos de má gestão e escolhas feiras pelos últimos mandatários.

Eduardo Coudet é nova velha a escolha da direção colorada (Foto: Ricardo Duarte/Internacional/Divulgação)
Eduardo Coudet é nova velha a escolha da direção colorada (Foto: Ricardo Duarte/Internacional/Divulgação)

Uma equipe como o Internacional não pode ficar tantos anos sem colocar uma faixa no peito. Não pode se contentar com os recentes vice-campeonatos brasileiros ou como alguns lampejos contra equipes como Flamengo e Palmeiras, que tem elencos tecnicamente superiores. E, agora tratar Eduardo Coudet como o salvador da pátria é outro erro. Vale lembrar a maneira como “abandonou o colorado” na primeira passagem.

Não é querer dizer que o argentino vai fracassar no Beira-Rio, afinal, a primeira passagem foi relativamente boa em número. Mas, como a direção colocada vai agir em caso de novos insucessos do argentino em clássicos contra o Grêmio como foi na primeira passagem? Como vai ser a reação com as entrevistas fortes e pedindo contratações?

Outras perguntas que ficam: a direção do Inter pensou no pacote Eduardo Coudet? Pensou em como vai gerenciar ele? Pensou no que a equipe realmente precisa para esse momento?

É uma escolha com diversas interrogações.