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Pai de bebê agredida em Bento diz que família entrou em desespero ao ver imagens

Pai de bebê agredida em Bento diz que família entrou em desespero ao ver imagens

A comunidade de Bento Gonçalves ficou revoltada após a divulgação de imagens de uma babá maltratando uma criança de apenas um ano e seis meses.

 

As imagens foram gravadas por câmeras de videomonitoramento da casa da família e anexadas à ocorrência policial registrada na sexta-feira, dia 26. No flagrante, é possível ver o momento em que a mulher agride o bebê com tapas no rosto.

 

Em contato com a reportagem do Grupo RSCOM, o pai da criança, que prefere não se identificar, falou sobre o ocorrido. Segundo ele, as câmeras foram instaladas há algum tempo na residência, porém, o equipamento não realizava a gravação das imagens, e, com o passar do tempo, os pais deixaram de realizar o acompanhamento das imagens, porque criaram um vínculo de confiança com a babá, que trabalhava há pelo menos um ano e dois meses com a família., “No começo, a gente olhava, daí fomos adquirindo confiança na pessoa, e depois não foi muito acompanhado toda hora. A gente cuidou um pouquinho no começo, viu que não tinha nenhum problema e acabou relaxando um pouco e não conferindo essas câmeras todos os dias”.

 

Esse comportamento mudou nos últimos dias. Segundo o pai, as crianças começaram a chorar no momento em que a babá chegava, pela manhã, e não queriam mais se alimentar. “As crianças começaram a ter um comportamento diferente, a babá chegava e elas começavam a chorar, não queriam mais comer”.

 

Com essa desconfiança, o casal procurou nas imagens algo que pudesse justificar a mudança repentina de comportamento das gêmeas e ficaram em choque quando viram do que se tratava. “A minha esposa entrou em desespero. Eu não conseguia acalmar ela. Ela ficou muito chocada, os dois ficamos chocados, mas pra ela foi um baque bem maior”.

 

O pai das bebês revelou que nunca havia notado nada de anormal na babá e que nunca iria desconfiar das ações da suspeita se não fosse pelas imagens, pelo fato de existir um vínculo de confiança entre o casal e a babá. Ele ainda admite que o casal deveria ter acompanhado melhor a questão e orienta outros pais a terem mais cuidado com quem seus filhos ficam. “O que eu eu teria a dizer para todos os pais é para cuidarem mais, não serem tão desatentos, talvez como a gente deixou, nós tínhamos as câmeras e não estávamos observando todos os dias isso”, desabafa.

 

Como os pais trabalham fora, as crianças continuam com outra babá, que já cuidava delas na parte da tarde, e com a avó paterna, que mora ao lado, e devem passar por atendimento psicológico orientado pela pediatra das duas.