O governo brasileiro afirmou nesta terça-feira, dia 23, que não vai aumentar impostos neste ano e nem em 2017 para alcançar a meta fiscal. Em compensação, para que ocorra os equilíbrio das contas públicas serão realizados cortes em investimentos nas estradas e na segurança. É o que afirma o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha.
De acordo com ele, gastos coma saúde e educação, previstos na constituição, serão mantidos. O ministro afirma reconhecer ainda que a sociedade brasileira não tem mais como arcar com aumentos da carga tributária.“Já há decisão da área fazendária neste sentido seguindo orientação do presidente Michel Temer. Não haverá aumento de impostos para 2017”.
Em consequência, Padilha afirmou que o projeto que cria limites para o crescimento dos gastos públicos com base na variação da taxa da inflação do ano anterior “é inegociável”. Esse cálculo está previsto no Projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que está sob análise do Congresso Nacional.
“Não há hipótese do governo trabalhar com a flexibilização [dos gastos]. Claro que a decisão final cabe ao Congresso, mas, se não tivermos a aprovação da contenção das despesas, nós vamos ter uma expansão muito expressiva da dívida publica. É como na casa do João, da Maria e do José: o limite do cartão de crédito e do cheque especial estourou, não tem mais como sacar [dinheiro], então temos que cortar despesas. Dói um pouco, não vai ter mais cinema, festa de final de semana”, comparou.
Com informações da Agência Brasil