Polícia

Força-tarefa resgata nove trabalhadores em situação análoga à escravidão, em Triunfo

Eles atuavam no setor da extração florestal e viviam em situações degradantes, sem acesso a água um higiene pessoal

Trabalhadores receberão verbas salariais e rescisórias (Foto: Divulgação)
Trabalhadores receberão verbas salariais e rescisórias (Foto: Divulgação)

Nove trabalhadores foram encontrados em situação análoga à escravidão, em operação durante toda a semana na cidade de Triunfo. Eles exerciam atividades voltadas à extração florestal. A força-tarefa foi formada por Ministério Público do Trabalho (MPT-RS), Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Na operação, foram inspecionados cinco estabelecimentos nos municípios de Porto Alegre, Viamão, Osório e Triunfo. Todas atuavam em atividades rurais, urbanas e domésticas.

A partir do rastreamento realizado pela PRF, foi possível localizar três frentes de trabalho em Triunfo, nas quais os trabalhadores eram alojados em precários barracos de lona, sem instalação sanitária, água encanada e água potável para consumo.

Os trabalhadores dormiam em barracas de camping montadas dentro dos barracos de lona, sobre colchões dispostos diretamente no chão ou sobre estruturas improvisadas com tocos de madeira. Um dos trabalhadores dormia dentro de um veículo.

Ainda de acordo com o relatório, os contratados faziam as necessidades fisiológicas no mato, sem possibilidade de higiene pessoal. As refeições eram preparadas em fogareiros improvisados no chão.

Os trabalhadores eram todos homens e maiores de idade, com idades variando entre 20 e 40 anos. Eles eram oriundos de cidades da própria região e realizavam atividades de corte, desgalhe, transporte e empilhamento de madeira de eucaliptos e acácia na zona rural de Triunfo. O tempo de trabalho nas condições degradantes variava, mas a maior parte se encontrava havia um ou dois meses na função. Todos foram resgatados e tiveram garantidas suas verbas salariais e rescisórias, no valor total de 29 mil.

Sequência

Os empregados resgatados retornaram às suas residências na região. Eles receberão o seguro-desemprego do trabalhador resgatado, três parcelas de um salário-mínimo (R$ 1.320), emitido pelo Ministério do Trabalho e Emprego.