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Corpo de Bombeiros do Rio Grande do Sul ganha o seu primeiro helicóptero próprio

Aeronave passou por "teste drive" desde os Estados Unidos até Porto Alegre

Corpo de Bombeiros do Rio Grande do Sul ganha o seu primeiro helicóptero próprio
(Foto: Gustavo Mansur/divulgação)

Pela primeira vez em sua história, o Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Sul (CBM-RS) conta com um um helicóptero próprio. A aeronave foi entregue à corporação pelo governo gaúcho durante solenidade nesta quinta-feira (6) em Porto Alegre. No mesmo evento a Polícia Civil recebeu mais pistolas e a Brigada Militar (BM) um novo modelo de fardamento.

Com autonomia de alcance operacional de até 500 quilômetros, um dos destaques do modelo escolhido é a tecnologia IFR (instrument flight rules), que permite realizar diversos tipos de voos, incluindo deslocamentos noturnos entre cidades com aeroportos ou helipontos homologados para esse tipo operação.

Também possibilita voos em condições meteorológicas conforme instrumentos – IMC (instrument meteorological conditions), além de voos VFR (visual flight rules), conforme condições VMC (visual meteorological conditions). O helicóptero do CBMRS será o primeiro com essas características a operar nas forças de segurança pública no Brasil.

O comandante da Companhia Especial de Busca e Salvamento do CBMRS, à qual o helicóptero estará vinculado, e piloto da aeronave, tenente-coronel Ricardo Mattei, disse que o equipamento foi escolhido por suprir as necessidades das atividades exercidas pela corporação:

“Ele tem o diferencial de ser uma aeronave monoturbina homologada para operar em voo por instrumento, o que aumenta a sua capacidade operacional. Isso significa que consegue voar entre todos os aeródromos no Estado que fazem operação noturna. Poderia realizar um voo noturno entre Porto Alegre e Santa Maria, por exemplo”.

Mattei integrou a equipe que realizou o translado da aeronave, missão que durou 19 dias, partindo do Estado norte-americano da Flórida, nos Estados Unidos. Segundo ele, a experiência – similar a um “teste drive” – confirmou a qualidade técnica do modelo escolhido, que estará disponível para ocorrências em todo o mapa gaúcho:

“Foi uma viagem longa, cobrindo uma distância de quase 10 mil quilômetros, pousando em vários locais até a chegada. Utilizamos os equipamentos de voo por instrumentos para fazer a navegação sobre o Oceano Atlântico, entre ilhas da América Central, até a chegada à América do Sul pelo Amapá. Todas as expectativas foram cobertas atendidas”.

Polícia Civil

A Polícia Civil recebeu 3.022 pistolas Glock .40 e 129 pistolas Glock 9mm. As armas serão destinadas a departamentos regionais especializados, ao Gabinete de Inteligência e Assuntos Estratégicos (GIE), à 21ª Delegacia de Polícia Regional (DPR) de Santiago, à Corregedoria-Geral da Polícia Civil (Cogepol) e à Coordenadoria de Recursos Especiais (Core).

O investimento foi de R$ 7,6 milhões, com recursos do programa Avançar do governo do Estado e de emendas parlamentares da bancada gaúcha no Congresso. Chefe de Polícia, o delegado Fernando Sodré enfatizou:

“Estamos padronizando na Polícia Civil o uso de um armamento de qualidade. Esta é uma pistola classificada como uma das melhores disponíveis no mercado, um armamento que tem um índice quase nulo de falhas em testes, o que garante mais proteção aos policiais civis nas ações operacionais no cumprimento da sua missão”.

Brigada Militar

Durante o evento, houve a apresentação do atual fardamento da Brigada Militar. As vestimentas ganharam uma nova aparência e melhorias de funcionalidade, modernizando e dando maior proteção aos 17,1 mil profissionais na ativa. Foram investidos R$ 19,6 milhões nos fardamentos.

Conforme o comandante-geral da corporaçãp, coronel Cláudio dos Santos Feoli, as mudanças oferecem um uniforme mais adequado às atividades dos policiais militares:

“Está se oportunizando um fardamento mais confortável e mais resistente para as diversas manobras corporais que a atividade da BM exige e bonés com repelência à água e proteção UVA e UVB. “Precisávamos evoluir na compreensão de que a vestimenta de um policial deve ser mais do que um traje, pois é também um equipamento de proteção individual.”