Em um vídeo que circula nas redes sociais desde a noite do último domingo, dia 14, Monica Ferreira de Lima diz ter sido ameaçada por um taxista após um desentendimento em relação ao pagamento de uma corrida de táxi no bairro Bela Vista, em Caxias do Sul. O vídeo foi compartilhado 400 vezes desde a sua publicação, que ocorreu às 18h47min deste domingo. Para assistir, clique aqui.
A reportagem do Portal Leouve entrou em contato com Monica e com o taxista envolvido no caso. Ela diz ter sido ameaçada e que teve o celular furtado por ele. O taxista nega a versão e diz que ela não queria pagar a corrida. O caso será investigado pela Delegacia da Mulher.
Conforme Monica Ferreira de Lima, 31 anos, ela entrou no táxi de prefixo 119 por volta das 16h do domingo na Avenida Júlio de Castilhos e pediu para que o motorista a levasse até o bairro Cruzeiro. Segundo ela, o motorista estaria indo em direção ao bairro Bela Vista quando a confusão começou. “Eu tinha pedido a ele para fazer um trajeto e ele começou a fazer outro. Quando eu questionei a primeira vez ele fingiu que não ouviu, na segunda vez aconteceu a mesma coisa e na terceira ele disse que não ia me responder porque eu sou mulher”, conta. “Pelo meu sotaque ele deve ter pensado que eu não era da cidade, então ele achou que seria fácil dele me enganar e me cobrar mais. Mas eu sempre faço esse mesmo caminho de táxi e conheço bem”, revela.
Nesse momento, ela teria pedido para o taxista encerrar a corrida. “Aí eu disse pra ele: se eu não te devo dar satisfação para que eu vou descer. Nisso ele já desceu pegando um pedaço de pau que tava ao lado do banco e veio levantando a mão para o meu filho de 14 anos. Enquanto isso eu estava saindo com meus outros dois filhos no banco de trás. Aí me meti e na confusão ele ficou com meu celular”, diz.
Ainda segundo Monica, ela procurou a polícia e foi informada que não havia viaturas disponíveis para atender a ocorrência. Ela conta que entrou em contato com a central de táxi e localizou o celular no ponto em que o taxista trabalha.
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Taxista nega agressão e diz que ela queria dar “calote”
Em contato com o taxista que é responsável pelo táxi de prefixo 119, a reportagem conversou com o motorista do veículo relatado por Monique. Segundo ele, tudo começou quando ela tentou sair do táxi sem pagar pela corrida. “Isso aí as pessoas são acostumadas a dar calote em taxista e depois ainda vão fazer folia por aí”, declarou.
O taxista ainda disse que vai processar a suposta vítima por danos morais. “Eu vou processar essa mulher. Ela simplesmente fez a corrida, ia fugindo sem querer pagar a corrida. Ela estava junto com um rapaz, não sei se era irmão dela ou o que, aí fui e pegar o celular dela e disse: tu vai lá no ponto buscar o celular e depois acerta a corrida”, disse. “Aí ela acertou a corrida e eu devolvi o celular, simples assim. Meus colegas estavam aqui e viram tudo”, garante.
O caso foi registrado nesta segunda no plantão da Polícia Civil em Caxias e será encaminhado para a investigação da Delegacia da Mulher.
