Brasil

Governo Lula opta por aguardar vacina do Butantan, rejeitando opção já aprovada pela Anvisa contra dengue

O imunizante já aprovado tem uma eficácia de 80,2% contra todos os sorotipos da dengue.

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O Ministério da Saúde disse que está monitorando o aumento dos casos de dengue no Brasil. No entanto, atualmente, não há planos para disponibilizar imunizantes estrangeiros no Sistema Único de Saúde (SUS) sem a devida aprovação da Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa).

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O objetivo principal do governo é priorizar a vacina Butantan-DV, que está sendo desenvolvida desde 2009 e tem previsão de estar pronta em 2024. A expectativa é que a autorização para uso ocorra em 2025.

No primeiro semestre de 2023, o Brasil enfrentou um aumento significativo de casos de dengue. Durante o período de janeiro a junho, foram registrados aproximadamente 1,38 milhões de casos prováveis dessa doença, o que representa um aumento de 22% em comparação ao ano anterior. Dentre esses casos, 15.519 foram considerados graves e apresentaram sinais de alarme, resultando em 635 mortes relacionadas à arbovirose.

Por outra parte, o laboratório Takeda, com sede no Japão, desenvolveu a vacina denominada “Qdenga”, que apresenta uma eficácia de 80,2% contra todos os sorotipos da dengue. Além disso, essa vacina pode ser administrada tanto em crianças acima de quatro anos de idade quanto em adultos com até 60 anos de idade.

Embora a Qdenga já tenha sido aprovada pela Anvisa, ainda não passou pela análise da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec). No entanto, espera-se que ela esteja disponível para compra pelo setor privado a partir do início deste mês, com preços variando entre R$ 400 e R$ 500.