Memória LEOUVE

As urnas do caixa dois?

As urnas do caixa dois?

Estamos às vésperas das eleições que vão definir os rumos dos municípios nos próximos quatro anos.

 

Mas essa não vai ser uma eleição comum, porque uma série de mudanças na lei será testada agora.

 

Essa será a primeira vez que o financiamento de partidos e candidatos por empresas privadas está proibido, mas o receio é que isso seja apenas pra inglês ver.

 

A verdade é que fazer essas mudanças sem reformar a politica e todo o sistema político-partidário é um pulo no escuro e um convite ao caixa dois.

 

A gente vive no país um ambiente caótico em que o poder do dinheiro corrompe o poder político em mensalões que são pagos desde bem antes dos governo do PT e que se sofisticaram e institucionalizaram com Lula e Dilma no poder.

 

O problema é que a simples proibição das doações de empresas está longe de ser garantia suficiente dessa higiene tão necessária ao processo eleitoral, porque todo o sistema político está comprometido pra favorecer os governantes de plantão num esquema viciado pelo fisiologismo.

 

De resto, a proibição das doações de empresas não é nem uma garantia verdadeira de combate eficaz à corrupção, porque não há controles que impeçam a prática generalizada da oferta e da demanda de propinas e do caixa 2, e está aí a delação da Odebrecht e sua lista de mais de cem políticos pagos com dinheiro sujo pra provar.

 

 

Pelo visto, vamos seguir confirmando essa sina nas eleições de outubro e nas próximas eleições ao menos enquanto homens e mulheres seriamente dispostos a acabar de vez com as práticas de quem enxerga na administração pública um meio seguro de ganhar dinheiro sujo vençam essa batalha.