O desenvolvimento de Caxias do Sul foi tema da reunião-almoço desta segunda-feira, dia 1°, na Câmara de Indústria e Comércio (CIC) do município. O palestrante convidado foi Astor Schmitt. o presidente da AMJD Administrações e Participações e coordenador da Diretoria de Economia, Finanças e Estatísticas da CIC.
Astor iniciou sua apresentação mostrando números preocupantes para o empresariado local. Segundo ele, de 2014 até o momento Caxias do Sul teve uma queda de 23% no seu Produto Interno Bruto (PIB).
Apesar do crescimento pujante do município em décadas passadas, Schmitt cobrou inovação e planejamento para que a região volte a prosperar como no passado recente.
“Nós temos que produzir o nosso futuro. Quando pensarmos a frente temos que fazer uma introspecção e identificar no que somos forte e onde estão nossas fraquezas, e se olharmos para fora onde estão as oportunidades e o que nos ameça ou não. Isso é a essência de um exercício de planejamento seja para 5, 10 ou 20 anos”, explica.
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Muitas dificuldades foram apontadas como fatores que frearam o desenvolvimento de Caxias do Sul, entre elas a falta de incentivo e apoio do poder público nos níveis municipais, estadual e federal para os empresários. Mas Schmitt também pediu mais negócios inovadores na região.
Astor citou os exemplos de cidades como Maringá e Joinville que mesmo no cenário de crise seguiram se desenvolvendo e elencou uma série de fatores para que Caxias ficasse para trás.
“Nós descuidamos de uma série de coisas. Temos empresas que não conseguem ser longevas, outras que estão expandindo mais lá fora do que aqui, porque está muito caro de produzir. Algumas empresas estão nos trocando por outras cidades, vide a Robertshaw que foi para Manaus. Não estamos atraindo novos empreendimentos sejam eles nacionais ou estrangeiros. É um momento muito desafiador e preocupantes, temos que parar, sentar, pensar e definir nosso futuro”, explica.
