Desculpem e saio dos trilhos. Não sou muito dado a ofensas gratuitas. Mas também não sou santo e “o meio faz o homem”. E neste eleição, sabe o que percebo? Mais do que em outras – a não ser que seja uma percepção tardia minha – será de uma secação absoluta. Mais do que o grito de comemoração pela vitória, sinto que teremos suspiros de alívio e gritos de desabafo pela derrota de uns e outros. Gente torcendo para que fulano, beltrano e cicrano não se elejam e ainda mais, pra que tenham retumbantes fracassos.
Motivos para o subentendido grito de desforra pelo insucesso alheio são vários. Uma rixa antiga, ciúme, inveja, mágoa, interesses contrariados e antipatia, gratuita ou não.
Enfim, seja candidato a prefeito, vice ou vereador, vejo disputando os votos do eleitorado gente idealista e gente interesseira, candidato corajoso e candidato sem noção; pessoas iludidas ou gananciosa. Todos em busca de representatividade e do poder.
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Já os eleitores também se dividem dos mal intencionados aos indecisos. Dos que sabem pouco e pensam saber tudo e dos que engolem qualquer mentira aos mais céticos. Muita gente votando por exclusão (daí a importância de se saber qual é a rejeição de cada pretendente ao sufrágio).
O certo é que não há eleição sem um pouco de decepção, seja pela perda ou pela vitória de quem não merecia. No fim, o mosaico tende a representar a sociedade. E inveja é uma força que, bem ou mal, move o mundo.
Mas que já tem gente preparando o seu grito de chuuuupa, ou qualquer outro impropério. Afinal, cada um comemora o que pode e como pode.
