O governo do estado vai criar um grupo técnico para analisar a viabilidade legal da concessão do aeroporto regional Hugo Cantergiani ao município de Caxias do Sul. Este foi um dos resultados práticos da audiência entre o governador José Ivo Sartori e representantes da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul (CIC), realizada nesta terça-feira, dia 19, em Porto Alegre.
Sartori admitiu a possibilidade de abrir mão da administração do atual aeroporto em virtude das dificuldades financeiras do estado. A intenção do empresariado caxiense é que o município gerencie todas as operações do aeroporto, “administrando os recursos e investindo em infraestrutura e equipamentos”, afirmou o presidente da CIC, Nelson Sbabo.
A expectativa é qualificar a estrutura para atender às necessidades da região enquanto o novo aeroporto regional, que será construído em Vila Oliva, não sai do papel. De acordo com Sbabo, a CIC deve procurar a prefeitura de Caxias nos próximos dias para debater o modelo de administração a ser adotado. Segundo o presidente da entidade, não deverá haver problemas, porque atualmente a prefeitura é quem responde pelos custos principais de manutenção do aeroporto. “Como as receitas passarão a entrar nos cofres da prefeitura, será uma solução boa para todos”, avalia o presidente, que acredita em uma definição para os próximos dias.
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Antes dessa definição, o governo deverá investir R$ 674 mil em melhorias non local, como a colocação de piso tátil, A cobertura para acesso dos passageiros e a aquisição de longarinas. Os recursos são provenientes da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) e já estavam previstos pela Secretaria Estadual dos Transportes.
Sbabo afirma que o aeroporto de Caxias precisa dessas melhorias até que o novo aeroporto seja concluído. “Nosso aeroporto é o sexto em importância no Brasil, e é um dos poucos que é superavitário”, garante o presidente da CIC, que informou que o impasse com relação à aquisição do terreno para a construção do aeroporto em Vila Oliva passa por uma avaliação jurídica sobre a possibilidade da empresa que vencer a concorrência para construção e exploração do aeroporto possa também se responsabilizar pelo pagamento da área.
“Temos seis fundos internacionais e empresas que manifestaram interesse em investir na construção do aeroporto. Só precisamos de uma forma jurídica para que a empresa que pretende explorar o aeroporto possa também pagar a aquisição do terreno”, garantiu.
Ouça a entrevista com o presidente da CIC, Nelson Sbabo:
