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Moradores de Galópolis sofrem com falta de estrutura na BR-116, em Caxias

Moradores de Galópolis sofrem com falta de estrutura na BR-116, em Caxias

As fortes chuvas das últimas semanas expuseram um problema antigo da BR-116 e dos moradores de Galópolis que vivem as margens da rodovia. 

 

Na segunda-feira, dia 11 de julho, a chuva acima do esperado causou muitos transtornos para as famílias que residem na entrada de Galópolis, na altura do Km 159 da BR-116. A pista da rodovia ficou praticamente submersa. A água ainda invadiu terrenos, pátios e residências de pessoas que moram ao lado esquerdo da rodovia, que fica em uma descida.

 

Segundo Marla Haag, moradora da região, desde que o DNIT passou a administrar o trecho que antes da retirada do pedágio de Vila Cristina ficava sobre responsabilidade da Convias, a manutenção da rodovia passou a ser deficitária.

 

“As valas entupiram por causa da sujeira na BR-116. A manutenção não está acontecendo, as valas entupiram, a BR transbordou e a água começou a descer inundando as ruas que descem da rodovia. O acúmulo água chegou a praticamente dois palmos nas ruas.”, relatou.

 

Os moradores entraram em contato com a prefeitura, que afirmou que a responsabilidade dos cuidados na rodovia eram do DNIT. O órgão, no entanto, disse que o problema deveria ser solucionado pela prefeitura.

 

“Um lado joga para o outro e ficamos a merce disso e no fim das contas os próprios moradores tiveram que fazer a limpeza da rodovia”, conta.

 

O analista de infraestrutura e transportes do DNIT, Daniel Bencke, admitiu que aquela parte da BR-116 está sem contrato de manutenção no momento, mas que a licitação está em andamento e que nos próximos meses os trabalhos devem ser retomados no trecho. 

 

“No momento estamos a seis meses sem contrato para esse trecho. Ele está em processo de licitação pelo órgão e agente acredita que nos próximos 60 dias já tenha uma empresa contratada e os serviços sejam retomados”, destaca.

 

Daniel explica que o problema das inundações na rodovia não são culpa única e exclusivamente da manutenção que não vem ocorrendo no local. Segundo ele, a água vem de construções irregulares feitas do lado direito da BR-116. 

 

“Aquelas construções em cima da pista são todas irregulares. A faixa de domínio do DNIT é de 15 metros do eixo da rodovia, e tem muitas construções que estão a 10 metros ou até menos. As casas estão ali, as calçadas também, a luz está ligada, a prefeitura cobra o IPTU, o DNIT faz o que pode, mas boa parte do problema fica a cargo da prefeitura de Caxias do Sul”, explica.

 

O secretário de Obras de Caxias do Sul, Norberto Luiz Soletti, disse que a administração municipal enfrenta problemas financeiros para realizar os reparos necessários na região, mas que algumas medidas estão sendo tomadas. Segundo Soletti, foram licitados há cerca de um mês tubos para que sejam substituídos pelos atuais que são pequenos.

 

“Vamos trocar os tubos no local para que a água não corra mais pela pista e sim pelos tubos. A licitação foi lançada no dia 23 de julho, e agora está processo de assinatura de contrato e empenho para que a empresa vencedora forneça o material. Até o final de agosto acredito atuaremos no trecho”, salienta.

 

Enquanto DNIT e prefeitura não resolvem os problemas apresentados na BR-116 e seu entorno, os moradores da entrada de Galópolis torcem para que não aconteçam mais temporais na região. 

 

 “Se vier mais chuva temos medo que o barranco possa desmoronar”, lamenta Marla.