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Parada de ônibus volta para a Júlio após seis meses de atraso em Bento Gonçalves

Parada de ônibus volta para a Júlio após seis meses de atraso em Bento Gonçalves

Com meio ano de atraso, o ponto de ônibus da rua Júlio de Castilhos deve voltar ao local original em dez dias, pelo menos isso é o que promete a prefeitura de Bento Gonçalves. A indefinição é uma das principais reclamações dos usuários do transporte coletivo, desde que a parada foi transferida temporariamente para a rua Marechal Deodoro. Com o processo licitatório realizado e a verba de R$73,2 mil liberada, o abrigo começa a ser instalado nesta segunda-feira, dia 18. 

 

Os usuários do transporte coletivo, que estão descontentes com o funcionamento da parada temporária em frente ao Shopping Bento e à igreja Santo Antônio, poderão finalmente ter um ponto de ônibus reformado e funcionando adequadamente no local original, garante Vanderlei Mesquita, secretário de Mobilidade Urbana e Gestão Integrada do município. "Essa questão me incomoda particularmente, pois traz grandes problemas, causando uma desacomodação para as pessoas", salienta.

 

A transferência do ponto ocorreu devido às obras do quadrilátero central estarem sendo realizadas, mas o que gerou uma série de reclamações por parte dos usuários do transporte coletivo é o atraso para que a parada volte ao local original. A sensação de desconforto da população é ainda maior porque as obras na rua Júlio de Castilhos, que faziam parte da primeira etapa do projeto, já estão concluída desde janeiro, faltando apenas a recolocação das estruturas do abrigo, o que se tornou a principal reclamação dos passageiros, que acreditavam que as obras terminariam em março e o local de embarque e desembarque voltaria a ser na Júlio de Castilhos. 

 

Um desses passageiros é o aposentado Antônio Nicola, que costumava esperar o ônibus no ponto original. Hoje, ele precisa se deslocar até a frente do shopping, e sente-se incomodado com a falta de proteção. "Eu acho que é ruim, é muito tumulto, não tem abrigo, é sol e chuva, lá na outra seria bom tanto pra mim quanto para os outros usuários também", afirmou. 

 

A dona de casa Elza Gurgel reclama que na Júlio de Castilhos tinha lugar para sentar e um abrigo contra a chuva, por exemplo. "Agora aqui tá um caus, aqui é muito no sol ou na chuva, na outra é coberta, tem banquinho para sentar", lamenta. 

 

De acordo com Mesquita, o atraso ocorreu por problemas técnicos que levaram à impugnação da licitação, necessitando de uma nova adaptação do projeto em resposta a um pedido do Tribunal de Contas (TCE), na implantação do Sistema Licitacom. 

 

Além disso, a obra sofreu um novo atraso porque passou por dois processos licitatórios desertos, quando não aparecem empresas interessadas em realizar a obra. Depois de uma nova adequação, outro edital foi lançado no dia 17 de maio, quando finalmente a Febeal Construtora foi selecionada para poder dar continuidade ao projeto de instalação do abrigo.