Polícia

Justiça aceita denúncia contra 33 pessoas por golpe do bilhete premiado

Decisão abrange, principalmente, moradores da região metropolitana

Golpe era aplicado por grupo em ruas movimentadas
Golpe era aplicado por grupo em ruas movimentadas

A Vara Criminal da Comarca de Esteio aceitou nesta terça-feira (13) a denúncia do Ministério Público sobre o envolvimento de 33 acusados no golpe do bilhete premiado. Eles responderão pelos crimes de estelionato contra idoso, roubo e associação criminosa.

Quatro réus já estão presos. Outros três acusados foram presos na cidade de Passo Fundo. Em relação a outros quatro acusados, a justiça determinou arquivamento do inquérito policial, considerando não existir motivos suficientes para o prosseguimento na ação penal.

Os crimes foram praticados entre os meses de junho de 2021 e fevereiro de 2023, em cidades da região metropolitana de Porto Alegre, como Esteio, Sapucaia do Sul e Canoas, e em estabelecimentos prisionais de Passo Fundo e nos estados do Paraná, Santa Catarina e Espírito Santo.

O golpe

De acordo com a denúncia do Ministério Público, os criminosos aplicavam o golpe do bilhete premiado agindo de forma presencial, em grupos de três ou quatro pessoas. Eles se aproximavam das vítimas e, durante a abordagem, um dos acusados fingia ser cidadão humilde, do interior. Na encenação, ele pedia informações das vítimas, dando endereço falso e portando um bilhete.

Na sequência, um segundo golpista, bem vestido e articulado, conversava com aquele que se passava por humilde, se colocando à disposição para ajudar. Esse segundo criminoso oferecia a ajuda enquanto entrava em contato com um terceiro golpista, que se passava por gerente da Caixa Econômica Federal e, diante da vítima, confirmava que os números do bilhete eram sorteados.

Depois, esse terceiro comparsa passava as orientações pra retirada do prêmio e o primeiro prometia dar à vítima parte do prêmio, em troca de uma “garantia”. Em algumas situações, a própria vítima repassava os valores para a conta de um dos criminosos.

Feito o repasse, os golpistas despistavam a vítima, pedindo-lhe, por exemplo, que descesse do carro ou para que comprasse uma bebida em algum estabelecimento, fugindo do local.