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Tacchini descarta aumento de casos de gripe H1N1 em Bento Gonçalves

Tacchini descarta aumento de casos de gripe H1N1 em Bento Gonçalves

Médicos especialistas em emergência, infectologia e pediatria descartam possibilidade de surto de gripe A atingir o município de Bento Gonçalves neste inverno. Dados foram apresentados pelos profissionais em reunião na quinta-feira, dia 7, no hospital Tacchini, no município. 

 

Conforme os dados apresentados pela médica infectologista, Nicole Golin, foram diagnosticados cinco pacientes com  Influenza A – subtipo H1N1 e, destes dois eram do município e três eram de vizinhos. E forma confirmados três mortes ocasionadas pela gripe A, com idades de 18, 58 e 61 anos. "Diante do que esperávamos, que haveria aumento do número de casos de circulação do vírus de uma forma geral neste ano, o nosso controle ainda está muito tranquilo", afirmou.

 

Para conseguir se programar para um suposto aumento de casos de gripe A, um plano de contingência foi realizado dentro do hospital desde abril. "O Tacchini registrou dez casos do Influenza A neste ano, com o aumento da circulação do vírus e o número de vacinas ter sido menor, mas não é considerado um alto índice", confirma Nicole. 

 

E na pediatria quem realizou um balanço foi a coordenadora da Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica, Simone Caldeira Silva, que informou ter sido diagnosticado 13 casos de vírus respiratório, atingindo principalmente bebês de zero a dois anos. "Comparando ao mesmo período do ano passado, a alta foi de 20% em termos de atendimentos, mas isso ocorre no estado, não só em Bento, existe uma elevação maior com crianças dessa faixa, que chamamos de bronquiolite", esclareceu. 

 

No caso da bronquiolite que é similar a uma asma, não existem vacinas, apenas cuidados diários de prevenção, como evitar que a criança se gripe. Mas Simone tranquiliza afirmando que no Tacchini não existe lotação, são nove leitos e, desses três pelo SUS.

 

E na área de pronto atendimento e emergência, em que Nury Javar Filho é o médico coordenador da ala, as afirmações coincidem com a da infectologia, pois a procura mesmo com o inverno e as temperaturas baixas não ocorreu. "Em casos de adultos não houve aumento na procura", salienta. 

 

Outra questão bastante esclarecida e enfatizada no encontro pelos profissionais foi a infecção hospitalar, que ocorrem em todos os hospitais, porém eles comemoram que o número de casos no Tacchini seja considerado baixíssimo. Segundo  Nicole existe um trabalho de análise bastante forte em cima do cuidado com essas bactérias que causam a infecção. 

 

E ainda segundo Hilton Mancio, superintendente executivo do hospital, que também acompanhou a reunião, a médica infectologista realizou um estudo para detectar qual antibiótico era mais eficaz para os tipos de bactérias que já haviam sido diagnosticados em pacientes. Esse estudo beneficia na hora do tratamento, para ocorrer uma recuperação mais rápida, em questão de algumas bactérias estarem acostumadas com antibióticos usados mais frequentemente.  "Somos muito seguros do que está sendo realizado e estamos preparados para enfrentar este ambiente", afirma Mancio.

 

"Acontecem casos em que chamamos de Infecção Relacionada a Assistência a Saúde, que pode ser adquirida num curativo, num ambulatório, num consultório, na transferência de um paciente. A gente realiza um controle, sejam em partos, UTIs, cesarianas, no Hospital em geral, sem falar da higienização",  salientou Nicole.

 

 Uma ação que é bastante monitorada pelos médicos do hospital, segundo Nicole, é a questão da transferência de pacientes. Em casos do paciente ter permanecido pelo menos 24 horas em outra instituição de saúde e ocorre a transferência para o Tacchini, é necessária a identificação da bactéria, para direcionar ao isolamento ou não. E se caso for diagnosticado o hospital que o transferiu será informado do quadro e a mesma regra ocorre em casos de transferência do hospital para outra instituição de saúde,  será informado.