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Eduardo Cunha renuncia à presidência da Câmara

Eduardo Cunha renuncia à presidência da Câmara

A Câmara dos Deputados terá de escolher novo presidente. Eduardo Cunha, presidente afastado do Legislativo Federal, leu em entrevista coletiva a imprensa, concedida no começo da tarde desta quinta-feira, 7, na sede da Câmara em Brasília, a carta entregue pouco antes à mesa diretora em que oficializa sua renúncia ao posto. Cunha, porém, segue deputado federal e pretende, com a decisão, buscar aumentar sua base de apoio junto a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que deve votar em poucos dias o relatório que propõe a cassação do mandato de Cunha no Congresso Nacional.

 

"Resolvi ceder aos apelos generalizados dos meus apoiadores. É público e notório que a Casa [Câmara] está acéfala, fruto de uma interinidade bizarra que não condiz com o que país espera de um novo tempo após o afastamento da presidente da República. Somente minha renúncia poderá pôr fim a esta instabilidade sem prazo. A Câmara não suportará esperar indefinidamente", disse o deputado. Ele também voltou a afirmar sua inocência. "Quero reiterar que comprovarei minha inocência nesses inquéritos. Reafirmo que não recebi qualquer vantagem indevida de quem quer que seja."

 

Ele destacou que sua “atuação no processo de impeachment que levou ao afastamento da presidente Dilma Rousseff como destaque de seu trabalho na presidência da Câmara e também como principal motivo de perseguição e injustiças.”

 

Com a renúncia à presidência, a Câmara tem até cinco sessões para eleger o sucessor de Cunha, que terá uma "gestão tampão" até 1º de fevereiro de 2017. Atualmente, a Câmara é presidida de forma interina por Waldir Maranhão (PP), criticado por frequentemente recuar em suas decisões.