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PMDB abre mão de candidatura própria em Caxias, e vice-prefeito reage à decisão

PMDB abre mão de candidatura própria em Caxias, e vice-prefeito reage à decisão

Por 29 votos a favor a 16 contrários, o PMDB caxiense optou por continuar fazendo parte da aliança com o PDT para concorrer à prefeitura de Caxias do Sul na eleição desse ano. A reunião que decidiu por não lançar uma candidatura própria aconteceu na noite desta quinta-feira, dia 30, e durou duas horas, na sede do diretório do partido.

 

Com a decisão, o PMDB vai definir agora quem será o candidato a vice da pré-candidatura de Edson Néspolo (PDT) para a prefeitura. A convenção partidária para lançar o nome do vice deve acontecer no final de julho ou início de agosto.

 

Contrariado com a decisão, o atual vice-prefeito, Antonio Feldman, que defendia a candidatura própria, não ficou feliz com decisão. “A vida é assim, feita de vitórias e derrotas. Se eles acharam que esse não era o momento. O que é que eu posso fazer?”, lamenta.

 

Feldman lamentou o fato da executiva do partido não ter convocado todos os filiados para a votação, o que, segundo ele, garantiria a candidatura própria. “Mesmo não concordando, a gente tem que respeitar. Sei que a maioria dos filiados era a favor, mas foram impedidos de votar. Nomes de peso do partido, como Ari Dallegrave, Janira Kayser e Guerino Pisoni, ex-presidentes, eram a favor de termos essa independência para se candidatar. Assim como Ibsen Pinheiro e Pedro Simon”, salienta.

 

Para o atual vice-prefeito, um dos erros do PMDB é ficar esperando pelos outros partidos, tanto em nível nacional e agora no âmbito municipal. "Já vamos para a segunda eleição sem candidatura própria. O erro lá de cima onde já íamos para 24º ano de coligação, não pode se repetir aqui em nível municipal. Pela importância do partido, não podemos ser apenas um apêndice e se omitir”, desabafa.

 

De acordo com Feldman, a derrota na reunião agora obriga o partido a se realinhar e pensar como uma aliança, e deixar baixar a poeira em relação ao que passou. Questionado se a decisão de manter a aliança teve ou não relação com a possibilidade do PT vir com o nome de Pepe Vargas para prefeito, Feldman disse que uma coisa não excluiria a outra.

 

“A ideia da candidatura própria não excluiria a coligação. Pelo contrário. Eu defendia a manutenção da unidade que começou com o Sartori, mas com o PMDB na cabeça de chapa e o PDT sendo nosso parceiro”, defende.