A vara trabalhista de Montenegro confirmou nesta terça-feira (30) a sentença que condena o Hospital Montenegro por assédio sexual a cinco ex-funcionárias da instituição de saúde.
Administrada pela Associação Ordem Auxiliadora de Senhoras Evangélicas de Montenegro (AOEASE), a instituição tem caráter filantrópico e 100% SUS. De acordo com a sentença, o hospital terá de arcar um possível pagamento de indenização às vítimas do caso, tendo ainda a possibilidade de o centro médico recorrer a esta decisão.
Entenda o Caso
Os cinco casos aconteceram entre os anos de 2014 e 2022, sendo todos proferidos por um funcionário que ocupava um cargo de liderança dentro do hospital. Ambas as vítimas trabalhavam em setores administrativos, mas em diferentes áreas.
Dentre os casos de assédio destacam-se diversas situações de intimidação e abuso de poder por parte do superior, além de assédio verbal, piadas e a utilização do cargo para criar situações onde era possível ficar a sós com as funcionárias.
Uma das vítimas, que prefere não se identificar, relata que o assediador passou a mão nas suas pernas e proferiu as seguintes palavras: “temos coisas mais importantes do que trabalho para conversar”.
São diversos os relatos das vítimas que, por motivo de segurança, preferem não ter suas identidades divulgadas.
Comunicado do Hospital
Em nota, o Hospital Montenegro informa que “repudia qualquer tipo de assédio, apoia e defende o ambiente de trabalho saudável. Com relação ao caso em questão, considerando que ainda não está concluído judicialmente e tramita em segredo de justiça, a AOASE está impedida legalmente de prestar informações”.
Vale ressaltar que o homem acusado de assediar as ex-funcionárias do Hospital de Montenegro também foi investigado pela Delegacia Especializada no Atendimento a Mulher de Montenegro (Deam) e foi indiciado pela prática criminosa. No dia 15 de Dezembro de 2022 a denúncia foi recebida pelo Ministério Público, que acolheu acolheu o mesmo, tornando desta maneira o funcionário réu na esfera criminal.