Memória LEOUVE

Mude, Inter!

Mude, Inter!

"Mudaram as estações, nada mudou’’, quem não conhece a canção imortalizada na voz de Cássia Eller. Mais uma vez mudamos de estação, e o Internacional, qual eu jurava ter aprendido com o passado, parece que não mudou. O que se transformou foi a minha opinião, peço perdão a São Cláudio Cabral, fui otimista demais no texto passado e me arrependi (claro que eu iria me arrepender).

 

Costumam dizer que tudo muda, um bebê nasce, cresce, caminha, começa a falar, vai a escola e debuta. É a evolução, a vida em movimento.

 

Dizem também que o Inter é favorito ao título do Brasileirão, todo ano, desde o escândalo de 2005. É só soltar os fogos, brindar as taças, feliz ano novo, e já começa a expectativa com o favorito vermelho do RS. Mas até isto mudou, 2016, a virada de ano não começou com grandes expectativas ao time de Argel, que disse em todas suas coletivas que não é e nem quer ser favorito. Não teria como ser, no papel o pior time da década, e na prática não brilhou contra os pequenos no estadual. Até a última quinta feira, o dia do “empolgou”,  vitória que parecia ter A maiúsculo de – Afirmação -, favorito de novo. E lá foi o Inter nos lembrar, que como diz sua própria campanha de marketing: “É o Inter”.

 

Afirmam que a única certeza na vida é a morte. Mentira. Existe outra certeza, o Inter vai ganhar dos grandes e entregar para os pequenos. O Inter que ganha fora de Santos e São Paulo, empolga contra o Atlético e não sai do zero contra a Chapecoense, perde para o Vitória, e toma três do Figueirense, todos claros candidatos a cair para a série B do nacional.

 

O que não muda são os trinta e sete anos sem conquistar o título do Brasileiro.

 

 

A partida de ontem, parecia um replay, que acontece ano após ano. O Robin Hood da Beira Rio, que enquanto não acompanhar as estações e mudar, para melhor, sem entregar para os pequenos, não terá a taça do campeonato nacional, que tanto pede sua torcida.

 

O clube da bipolaridade, que no dicionário é: “Forma de distúrbio de humor caracterizado pela variação do humor entre uma fase de hiperatividade e grande imaginação, e uma fase de depressão de inibição, ansiedade ou tristeza”. Assim fica o torcedor colorado, como eu, que jamais sabe se deve sonhar e acreditar, ou temer e se conformar.

 

Amanhã encara outro  – pequeno -, candidato a deixar a primeira divisão, o Coritiba, no paraná. Qual Inter veremos em campo, o líder de encher os olhos ou o dono das tocas de clubes menores. Mais um teste para por a prova a síndrome de Robin Hood.