A falta de recursos para manutenção das viaturas do policiamento comunitário é recorrente em Bento Gonçalves. A verba destinada a Fundação Consepro de Apoio à Segurança Pública do município é de 21% bruto arrecadado do estacionamento rotativo para que esse trabalho seja realizado, porém o último repasse ocorreu em setembro de 2015 pela prefeitura. Mas para tentar mudar o cenário, reuniões estão sendo realizadas entre o Poder Público, Consepro e a comunidade bento-gonçalvense para levantar estratégias de ações com o intuito de arrecadar verba para a segurança, segundo o presidente da Consepro, Geraldo Leite.
Mas esses 21% que deveriam ser usados nas 14 viaturas atualmente destinadas para o policiamento, estão sendo divididos entre os 34 policiais comunitários, correspondendo em média a R$750 para cada um, não sobrando nada. Esse policiamento é formado por meio de um convênio entre prefeitura municipal, estado e Consepro. Mas segundo Leite, o caixa do conselho está zerado. "Quem ajuda bastante é a comunidade, devido ao momento crítico para a União e para o estado", afirma o presidente.
Porém o último conserto dos veículos foram realizados há 60 dias com o auxílio de um empresário local. "Mas essas viaturas terão novos problemas e terão que ser arrumadas", preocupa-se Leite.
Antes da crise Leite explica que esse dinheiro conseguia cobrir combustível e conserto de veículos, atualmente não mais. Outra fonte de recursos são os projetos que são realizados junto ao Poder Judiciário, em forma de parceria, que repassam os valores para compra de viaturas e computadores, mas as manutenções do dia-a-dia não é possível realizar.
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E para tentar reverter a situação da insegurança no município estratégias de ações estão sendo realizadas, com a criação de uma nova comissão montada dentro do Consepro, e nos últimos 30 dias ocorreu reuniões para debate e novas idéias entre o conselho, o Poder Público e a comunidade. "Essa é uma atitude para que possamos buscar mais recursos, acho que nos próximos dias teremos novidades boas na área de segurança, temos projetos para por em prática", comunica Leite.
Ele também lamenta a situação do estado, que não consegue aumentar o número de efetivo nas ruas. "O governador nomeou 190 policiais, mas eles ainda terão que ir para escola e a grande maioria ficará em Porto Alegre, acredito. Todos os órgãos de Bento relacionados a segurança pública devem unir esforços, não tem outra ação", lamenta o presidente.
Mas ele garante que as reuniões estão sendo finalizadas e projetos estão montados, acreditando que nas próximas semanas será possível colocar em prática as ações e ajudar os órgãos de segurança de Bento Gonçalves.
