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Polícia vai investigar se garotas de programa presas por golpe em turistas chilenos já fizeram outras vítimas no RJ

As mulheres são suspeitas de envolvimento no crime

Polícia vai investigar se garotas de programa presas por golpe em turistas chilenos já fizeram outras vítimas no RJ
Foto: reprodução

A Delegacia Especial de Apoio ao Turismo (Deat) investiga se as garotas de programa envolvidas no caso dos turistas chilenos têm participação em outros golpes do “Boa Noite, Cinderela” aplicados contra estrangeiros no Rio de Janeiro. Tuane Silva da Costa e Davina Cristian de Moraes Melo foram presas nessa semana e vão responder por latrocínio e tentativa de latrocínio. As duas não possuem antecedentes criminais, mas segundo a polícia atuam como garotas de programa. Os advogados das mulheres negam a participação de ambas no crime.

Segundo a delegada Patricia Alemany, titular da Deat, o que dificulta o registro desse tipo de crime é que muitas vítimas têm vergonha de procurar a delegacia e relatar o crime. Em outros casos, quando a vítima é um turista, ele acaba deixando o país sem fazer o reconhecimento dos criminosos: “Estamos fazendo a análise de outros fatos tanto da Deat quanto da região da Lapa, de “Boa Noite Cinderela” e esperamos que outras vítimas possam vir à delegacia e fazer o reconhecimento dessas mulheres.”

Ronald Rafael Sobarzo e Andrés Ignácio Orellana Ruiz foram encontrados pelo Corpo de Bombeiros aos pés do Mirante Rato Molhado, em Santa Teresa, no último domingo. Ronald não resistiu aos ferimentos provocados pela queda de cerca de 10 metros de altura. Andrés foi encontrado ainda com vida, mas com ferimentos graves, incluindo um pulmão perfurado. Ele continua internado em um hospital particular na Zona Sul do Rio e deve passar por uma cirurgia.

Os chilenos Ronald e Andrés estavam no segundo dia de viagem pelo Rio, quando foram jogados em mirante no bairro de Santa Teresa.

A polícia procura agora identificar o taxista que levou o grupo até a Central do Brasil, na noite do último sábado (20). Na delegacia, Tuane e Davina negaram ter dopado os dois chilenos. Elas contaram que os quatro beberam algumas cervejas, além de drinks preparados por ambulantes da região da Lapa.

De lá, o grupo teria seguido no táxi até a Central do Brasil. Chegando no terminal rodoviário, as garotas teriam descido e seguido para a Baixada Fluminense, deixando os chilenos no carro. As duas contaram à polícia que decidiram ir para casa depois que os rapazes negaram o convite para ir a um hotel na região do Centro.

*Com informações de O Sul