Delegado, policiais e advogada são detidos por exigirem dinheiro de presos

A Operação Depuração em conjunto da Corregedoria da Polícia Civil, Ministério Público e a 1ª Delegacia Regional Metropolitana, cumpriu mandados de prisão contra um delegado de Polícia, policiais civis e uma advogada. Os seis mandados de prisão preventiva contra os acusados por exigirem valores de presos em flagrante e de familiares dos mesmos, para que não realizassem os atos ou sob o pretexto de fiança, apropriando-se indevidamente de quantias. São cumpridos, ainda, nove mandados de busca e apreensão. A ação está sendo desencadeada em Alvorada e Porto Alegre. As investigações, iniciadas em maio deste ano, dão conta que o grupo cobrava valores acima da fiança e se apropriavam do excedente. Um ex-policial militar e a advogada ficavam do lado de fora da Delegacia, fazendo o intermédio da cobrança junto aos familiares dos presos. A cada plantão, estima-se o lucro ente R$ 2 mil e R$ 5 mil. São realizados em média dois plantões por semana. Além disso, eles consultavam indevidamente o sistema restrito à segurança pública para verificar se determinado veículo poderia ser indevidamente restituído, clonado ou adulterado, bem como avisavam a terceiros sobre eventuais investigações policiais em andamento. Os fatos ocorreram na Delegacia de Pronto Atendimento de Alvorada, pelo menos entre março e junho de 2016. As penas poderão ser fixadas entre sete anos e seis meses a 23 anos de reclusão, além de multa e perda do cargo público. O MP também apura a ocorrência de atos de improbidade administrativa, o que poderá resultar aos investigados na fixação de multa, proibição de ser agente público e perda dos cargos.