Quase mil trabalhadores rurais participaram de um ato que começou na praça Dante Alighieri e terminou na agência regional do INSS de Caxias do Sul, na manhã desta quinta-feira, dia 16 de junho. Cinco regionais da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Sul (Fetag) se reuniram na cidade para protestar contra a reforma da previdência.
A manifestação começou com a reunião dos ônibus, carro de som e discursos na praça, além da distribuição de panfletos. Em seguida, os trabalhadores tomaram a Avenida Júlio de Castilhos em caminhada. Eles acessaram a Visconde de Pelotas, desceram até a agência do INSS, entraram no local e entregaram um documento com reivindicações para o superintendente responsável pela agência.
Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR) de Caxias do Sul, Rudimar Menegotto, a mobilização é capaz de evitar que os direitos adquiridos na Constituição de 1988 sejam perdidos. "O que mais queremos é que não mudem a idade mínima de aposentadoria e que não tirem os benefícios de quem ganha um salário mínimo por mês", justificou.
Para do diretor da Fetag, Olir Schiavenin, é preciso deixar claro que as mudanças afetariam diretamente a produção agrícola. "As pessoas estão conscientes da necessidade de lutarmos para mantermos os benefícios que foram conquistados com muita luta e muita organização. Temos uma ameaça iminente de perdermos alguns benefícios como e pensão e principalmente a idade mínima para aposentadoria. Corremos o risco de passar todo mundo para 65 anos. Não podemos deixar que a reforma aconteça porque depois será tarde. Nosso movimento é pacífico, ordeiro, mas forte", garantiu.
Na manhã desta quinta-feira, também foram realizadas manifestações em Ijuí, Santa Maria, Pelotas e Passo Fundo. Há ainda uma manifestação em Brasília-DF, que surge do encerramento do Congresso da Terceira Idade e em todos os demais estados brasileiros.
Ouça a entrevista com o diretor da Fetag: