Memória LEOUVE

MP deve oferecer denúncia sobre fraude no concurso da Câmara de Bento

MP deve oferecer denúncia sobre fraude no concurso da Câmara de Bento

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público (MP) do Rio Grande do Sul deve oferecer a denúncia à Justiça sobre as investigações de fraude na realização do concurso público da Câmara de Vereadores de Bento Gonçalves no final de 2014 nos próximos dias. De acordo com o promotor especializado criminal Mauro Rockenbach, o encerramento do inquérito só depende de uma decisão judicial sobre a qual ele não revelou detalhes.

 

Mesmo assim, já é possível confirmar que haverá denúncia, e que provavelmente alguns dos denunciados no inquérito que apurou as fraudes no concurso da prefeitura sejam novamente citados.

 

Isso deverá se confirmar porque o Gaeco encontrou provas que indicam que o mesmo esquema usado para fraudar o concurso da prefeitura foi utilizado no concurso realizado pela Câmara. De acordo com o promotor, a fraude foi realizada com a troca dos gabaritos originais preenchidos pelos candidatos, alterando durante a correção das provas as marcações de algumas questões.

 

Dessa maneira, é possível que o sócio da empresa que realizou o concurso, o Instituto de Desenvolvimento em Recursos Humanos (IDRH), Maicon Cristiano de Mello, que está preso, a esposa dele e cotista da empresa, Francieli Rech; o sócio da empresa Energia Essencial, Rodrigo Melo Ferreira; e o proprietário da empresa Leitura Ótica, Ernesto Hattge Filho, que também está preso na Penitenciária Modulada Estadual de Montenegro, todos denunciados na fraude do concurso da prefeitura, estejam na lista de Rockenbach.

 

O promotor Alécio Nogueira, que investiga as suspeitas de improbidade administrativa nos casos, confirma que a conclusão também da investigação local está próxima.

 

“Foram apreendidos no início da investigação uma série de arquivos eletrônicos como telefones celulares e computadores, sendo mais de um milhão de eletrônicos. Então, nessa semana ou na próxima, deve estar sendo encerrada essa fase de conclusão dos arquivos eletrônicos”, estima.

 

Depois disso, o promotor acredita que, em um prazo de 15 dias, uma definição das duas investigações, que correm simultaneamente, seja informada.

 

"A minha ação está esperando a conclusão da investigação criminal, ela é concomitante. Falta somente isso. Estamos na véspera de uma definição quanto à improbidade do concurso da área da Câmara e da prefeitura”, garante.

 

Ouça a entrevista do promotor Alécio Nogueira: