Memória LEOUVE

'Parceria com prefeitura é a única saída', afirma diretor do Hospital Montenegro

'Parceria com prefeitura é a única saída', afirma diretor do Hospital Montenegro

A possibilidade da prefeitura assumir as responsabilidades que hoje são do Estado junto ao Hospital Montenegro (HM) é vista como a luz no final do túnel da grave crise financeira pela direção da casa de saúde. Para o diretor superintendente do HM, Carlos Batista, somente dessa forma a instituição voltaria a receber recursos e poderia retomar os serviços de consultas e procedimentos eletivos, bem como atendimentos de especialidades, suspensos desde o começo de maio. Uma comissão formada pelas secretarias municipais de Saúde, Fazenda e Planejamento avalia a melhor forma do município assumir novas responsabilidades junto ao hospital.

 

Batista afirma que o HM não recebe nada do governo do Estado há cinco meses. A dívida já chega a R$ 10 milhões. "Além disso, dos recursos federais a que temos direito, o Estado fica com 30%. Vale deixar claro que não se trata de municipalização, mas sim gestão plena, onde em parceria trataríamos direto com a Administração Municipal, não mais com o governo estadual. É uma forma de trabalhar melhor os recursos federais destinados a saúde. "Ele confirmou que os contratos para a saúde de média complexidade,que são da alçada do Estado, continuariam existindo, inclusive com repasses estaduais. O diretor destacou ainda que o HM respondeu com seus números e sua realidade a notificação recebida na última semana da Coordenadoria Regional de Saúde (CRS), que cobrava a retomada dos serviços suspensos. "Eles vão fazer o quê, não repassar dinheiro? Já fazem isso há cinco meses em sua totalidade, mas com os atrasos ocorrendo desde o segundo semestre de 2014."

 

O diretor também destacou os prejuízos causados à população. "Nesse mais de um ano de atrasos e não pagamento mais de 4 mil cirurgias deixaram de ser feitas, 45 mil exames de diagnóstico e 30 mil exames clínicos não foram realizados e mais de 1 mil biópsias também não foram feitas. Esses números mostram o risco que nossos pacientes correm se a situação não for resolvida."