Não dá pra demitir todos. Será?

Um caminhão sem freio, desgovernado e ladeira abaixo. A figura me ocorre por conta deste início de governo Michel Temer, não em relação a atitudes, mas às quedas de ministros e secretários.

Ora bolas, um governo que assume interinamente porque a presidente afastada tinha cometido erros técnicos, as chamadas pedaladas fiscais – mas cujo pecado maior era ter caído num imenso lodaçal de corrupção- um governo então, que vem a substituir quem pecou pela falta de correção moral, não pode se dar ao luxo de cometer tantos erros que o obrgeum a substituir alguém do primeiro escalão todas as semanas. Já saiu gente do núcleo duro do poder (Romero Jucá); que deveria zelar pela transparência (Fabiano Silveira) entre outros e outras.

No final de semana foi o gaúcho titular da AGU Fabio Medina Osório que teve seu nome na berlinda. Não por suspeita de corrupção, mas segundo o próprio, ele teria sido vítima de fogo amigo, que o acusava de dar carteiraço para viajar com avião da FAB, como se isso não fosse prerrogativa sua e de todo o primeiro escalão. Pelo menos deste episódio surgiu uma medida positiva. A garantia de que pelo menos um jatinho permaneça na base aérea para a urgência de transporte de algum órgão para doação. Isto porque surgiu a notícia de que vidas se perderam enquanto ministros utilizaram os aviões da Força Aérea para se deslocar Brasil afora em compromissos de importância relativa, senão para visitar suas bases eleitorais.