A secretária de Turismo de Cultura de Garibaldi, Ivane Fávero, disse em Caxias que as cidades da Serra precisam se unir em torno do assunto e que um plano complementar de roteiros se faz necessário para que haja crescimento no número de visitantes ao longo do ano.
Em palestra na reunião-almoço da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços (CIC) de Caxias do Sul, Ivane reiterou que as pessoas buscam investir em viagens que as façam sentir dentro do mundo e não necessariamente no encontro com a natureza, o que segundo ela por muito tempo confundiu os investidores na área.
A palestrante apresentou números e disse que no mundo, o Turismo responde por 10% do PIB, mas que no Brasil não chega a 5%. Ela ressaltou o potencial do Rio Grande do Sul, que detém 17% do share nacional, contra 22% do Rio de Janeiro e 36% de São Paulo.
Ela ressaltou que pouco mais de seis milhões de pessoas visitam o Brasil ao longo do ano e que no Rio Grande do Sul o número de visitantes é de pouco mais de um milhão por ano.
"O turismo não pode ser feito mais de forma empírica. Temos que saber que o turista tem pré-disposição a gastar dinheiro na viagem porque as pessoas têm tempo para comprar quando saem, ao contrário do dia a dia, em que a correria impede. Também precisamos investir na internet, explorar os smartphones e as plataformas móveis", considera.
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Ela ainda concordou com a afirmação de que pouco, de fato, se cria ou sugere nos congressos e fóruns de turismo no Brasil.
"O plano de ações precisa, sim, ser desenvolvido com responsabilidades e tempo. O cronograma precisa ser estabelecido. Somente assim as metas serão alcançadas. Ninguém vai para um lugar que não sabe onde fica. Então não temos que definir um Norte para sabermos onde queremos chegar com o desenvolvimento turístico de Caxias e região.
Sobre a falta de união entre as cidades próximas, ela disse que é preciso, de fato, integrar as iniciativas locais. "Em alguns casos é preciso primeiro pensar localmente. Uma coisa não exclui a outra. Hoje nós precisamos unir as coisas. Agora, nós precisamos criar eventos que sejam divulgados também por outras cidades. Este fazer local e agir regionalmente precisa ser equilibrado. Acho que esse é o processo de amadurecimento que ainda nós precisamos dar mais um passo", concluiu.
Ouça a entrevista completa com a secretária:
