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Reajuste no valor das passagens causa descontentamento em Bento

Reajuste no valor das passagens causa descontentamento em Bento

O aumento no valor das passagens causa o descontentamento de usuários do transporte coletivo de Bento Gonçalves. O reajuste entrou em vigor na terça-feira, dia 31, o que desencadeou um manifesto na tarde deste sábado, dia 4, em ruas centrais da cidade. Cerca de dez pessoas se mobilizaram com objetivo de que ocorra a revogação do acréscimo.

 

Um dos organizadores da mobilização, Guilherme Krema acredita que não há tantas linhas de coletivos e nem conforto que justifiquem o acréscimo no valor. Para ele, o que deveria ser implantado é a integração de ônibus. “Principalmente à noite temos poucas linhas de ônibus. A segurança das pessoas nas paradas, não temos resposta quanto a isso”, reivindica.

 

A frequência de linhas também é apontada por Lucas Anhaia. “A pessoa que mora no Fenavinho precisa pegar dois ônibus, um até o Centro, e se quiser ir até o São Roque, do Bento (shopping) até o São Roque. Isso é totalmente inviável”, afirma, ao destacar que o aumento não é justo.

 

A auxiliar de produção Isabel de Paula, que utiliza o ônibus urbano com frequência, afirma que o valor não deveria ter subido já que o salário não aumentou. Quem tem uma opinião semelhante no que se refere ao preço é Elisabete dos Santos, auxiliar de limpeza. “Achei péssimo, não deveria aumentar assim”, lamenta.

 

O reajuste foi de cerca de 13% . Assim, o preço do coletivo passou de R$ 3 para R$ 3,40 e do seletivo de R$ 3,65 para R$ 4,10. O procurador do município, Sidigrei Spassini, ressalta que em 2013 os valores foram reduzidos e as empresas alegam uma defasagem em função dos custos que aumentaram, como da inflação, do dissídio coletivo e dos combustíveis. O decreto que sustenta o acréscimo é o 9.155.

 

Segundo o secretário de Gestão Integrada e Mobilidade Urbana, Vanderlei Mesquita,  o pedido das empresas era de R$ 3,67. O conselho de trânsito sugeriu que fosse R$ 3,50 e R$ 3,40 foi provavelmente o preço que o prefeito considerou mais justo. "Na verdade em janeiro deveria ter sido votado isso para ser em fevereiro, só que teve problema em um cálculo e demora na reunião. Já era para janeiro. Está na lei", destaca.  Conforme ele,o acréscimo ocorre também nas linhas para os distritos.