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Passagem de ônibus deveria ter aumentado em janeiro em Bento

Passagem de ônibus deveria ter aumentado em janeiro em Bento

Para os trabalhadores de Bento Gonçalves, o reajuste de 13% na tarifa do transporte coletivo na última terça-feira, dia 31 de maio, pesa no bolso. O acréscimo ocorre todos os anos, após uma análise na planilha de tarifas de ônibus urbanos Geipot, calculada conforme o gasto de cada município.

 

No município, o valor deveria ter sido aumentado em janeiro. Como isso não ocorreu, neste mês foram estipulados os valores de R$ 3,40 para o transporte coletivo e R$ 4,10 para o seletivo. As empresas Santo Antonio e Bento Transportes, que operam linhas na cidade, solicitaram que o valor fosse R$ 3,67, mas o conselho de trânsito sugeriu que fosse R$ 3,50, e o prefeito Guilherme Pasin considerou mais justo que o valor ficasse em R$ 3,40, já que a passagem não teria sido reajustada no início do ano, conforme informações do secretário de Gestão Integrada e Mobilidade Urbana, Vanderlei Mesquita.

 

Para Leonardo Giordani, proprietário da empresa Santo Antônio, os valores são justos, pois o cálculo é feito de acordo a planilha Geipot, criada pelo Ministério dos Transportes, onde se aplica a realidade de cada cidade levando em conta os gastos normais de cada município. Porém ele ressalta que os proprietários entendem o lado do trabalhador que paga a passagem, mesmo aqueles que ganham vale transporte, que o custo se torna menor, por ser descontado do salário. "Todos os insumos que compõem o transporte coletivo estão na planilha, como o salário do motorista, custo do combustível da cidade, pneus e no final ela lança o valor que seria real da tarifa. Muitas vezes as pessoas falam que a inflação foi tanto e a passagem aumentou mais, mas os insumos do transporte se baseiam no petróleo, na borracha para os pneus da carroceria de ônibus, que eles  não tem o aumento da inflação como a economia, ela normalmente é diferenciada porque os custos são mais altos, ai a inflação acaba sendo maior no transporte", explicou.

 

Em Bento Gonçalves, ainda existe a cultura de andar de carro, mesmo que serviço de transporte coletivo seja dedicado a população e seja considerado um serviço de qualidade comparada à outras cidades. Giordani ainda acrescenta que no Brasil existem problemas de infraestrutura do passado que não existem corredores de ônibus e espaços para paradas.  "O transporte do município é considerado bom, porém temos algumas dificuldades, muitas vezes programamos um horário, mas devido ao trânsito não nos permite chegar no horário planejado para o nosso usuário", justifica Giordani. 

 

Em Caxias do Sul o aumento da tarifa ocorreu em janeiro e ainda teve isenção de 3% de INSS que não é cobrado, em Bento Gonçalves o aumento ocorreu quase 6 meses após a cidade que é uma das maiores da região.