A sensação de insegurança segue acompanhando taxistas de Bento Gonçalves. Com receio de assaltos, a redução da jornada de trabalho se torna uma prática. Há casos que acabam nem sendo contabilizados oficialmente no município pela falta de registro destas ocorrências. Uma opção dos profissionais que temem também por represálias.
Assim, segundo um taxista, que não é identificado por questões de segurança, se torna difícil atender as pessoas que precisam do carro durante a madrugada. Ele ressalta que assaltos são frequentes e que a situação é preocupante.
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“Após eventos, após festas que acontecem. O pessoal não está indo com os carros porque lá ingerem bebida alcoólica e estão fazendo blitz na cidade. Então, o pessoal está chamando os táxis e estão sentindo a falta de atendimento. Já tive algumas reclamações de clientes que antigamente me chamavam de madrugada e hoje não estão sendo atendidos, mas é realmente por esses fatos que estão acontecendo na cidade”, afirma. O carro em que trabalha, segundo ele, foi assaltado várias vezes nos cerca de 30 anos nas ruas. A insegurança é sentida pelo taxista em qualquer parte da cidade.
Outro profissional diz que o trabalho está sempre acompanhado pelo medo e que o assaltante não tem mais um perfil traçado. Para diminuir os prejuízos com os roubos, uma opção acaba sendo não portar dinheiro. “A gente usa o rádio bastante para se comunicar com o pessoal. O cara pega um suspeito, o outro já avisa, pede para alguém fazer a escolta muitas vezes. Se te encosta uma faca no teu pescoço ou em uma costela, vai fazer o quê?”, quaestiona, ao ressaltar que 90% dos casos são registrados à noite.
De acordo com um dos profissionais, um dos casos mais recentes aconteceu em uma corrida do bairro Planalto para o Zatt, e lá foram roubados dois celulares e levada uma quantia em dinheiro. De outra taxista teria sido levada uma quantia em dinheiro e ele teria sido liberado na Linha Pradel.
