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Secretaria de saúde de Caxias do Sul orienta população a evitar contato direto com morcegos

Dois casos de raiva em morcegos foram confirmados no ano, o mais recente nesta semana

(Divulgação/Pascual Soriano-UCSF/VEJA)
(Divulgação/Pascual Soriano-UCSF/VEJA)

A Secretaria Municipal da Saúde de Caxias do Sul informa a confirmação de um segundo caso de raiva em morcego em 2023. Um total de 51 morcegos foram analisados para raiva no ano, mas somente dois resultaram positivos.

Apesar do número de casos positivos para a raiva ser baixo, a Secretaria da Saúde orienta a população para que evite o contato direto com esses animais, uma vez que eles podem transmitir a doença para humanos caso estejam infectados. Não há registro de raiva em humanos desde a década de 1980 no Rio Grande do Sul, o que reforça a importância da prevenção.

“A situação encontra-se na normalidade, não há necessidade de desespero por parte da população, mas salientamos que há risco se as pessoas manipularem esses animais, que eventualmente podem estar contaminados com o vírus da raiva. Existe o risco, e por isso é que estamos divulgando para que as pessoas não toquem nos morcegos, não manipulem. As recomendações são nunca tocar com a mão livre, jogar uma toalha por cima, emborcar um balde em cima para que ele fique preso, e comunicar a Vigilância. São recomendações de cuidados para evitar que a pessoa se exponha ao vírus da raiva”, tranquiliza Rogério Poletto, diretor técnico da Vigilância Ambiental em Saúde.

O morcego foi coletado por um morador do bairro Cruzeiro no dia 10 de abril. Ele utilizou luvas de couro para não entrar em contato direto com o mamífero e o entregou à Vigilância Ambiental em Saúde. Não houve contato do morcego com outros animais ou pessoas. O resultado positivo para raiva foi obtido nesta semana, após análise no Instituto de Pesquisas Veterinárias Desidério Finamor, em Eldorado do Sul, laboratório estadual referência em raiva.

A orientação da Vigilância Ambiental em Saúde, como explica Poletto, é para que a população não toque diretamente em morcegos. O sinal de alerta vale para os casos em eles estiverem fora de seu hábitat natural ou em situação anormal, como caídos em ruas ou pátios, dentro de residências ou mesmo se o morcego tiver sido caçado por cães ou gatos. Nesses casos, a orientação é não tocar no morcego e contatar a Vigilância, que é responsável por realizar a coleta e encaminhar para análise.

Pessoas que tiverem qualquer contato com morcegos devem procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS) para tratamento preventivo contra a raiva. O risco de transmissão da raiva pelo morcego e por outros animais silvestres é sempre elevado, por isso, qualquer contato com morcegos ou mordeduras de outros animais deve ser notificado a uma UBS imediatamente.

Outra orientação da Vigilância é para que a população mantenha os animais domésticos vacinados contra a raiva.

Fique atento!

Situações anormais que devem ser comunicadas para que a Vigilância Ambiental em Saúde faça a coleta do morcego para análise:

  • morcegos realizando voos diurnos (o animal saudável tem hábitos noturnos)
  • morcegos caídos no chão, em sacadas, pátios ou dentro das residências (quartos, banheiros…)
  • morcegos que tiveram contato com cães ou gatos (caçados por esses animais) ou com humanos
  • mantenha cães e gatos vacinados com a antirrábica

Como proceder:

  • não toque no morcego
  • coloque um balde, toalha ou caixa sobre ele, para que o animal não escape até a chegada da equipe da Vigilância
  • contate a Vigilância Ambiental em Saúde pelo telefone 3901-2503

Para orientações gerais, o contato é via Alô Caxias (156).