Memória LEOUVE

Especialista critica sistemas de segurança digital nas empresas

Especialista critica sistemas de segurança digital nas empresas

As empresas brasileiras não estão preparadas para o combate aos crescentes crimes digitais. A afirmação é especialista em Direito Digital e membro do Instituto Brasileiro de Direito Digital (IBDDIG), Leandro Bissoli. 

 

Em palestra na reunião-almoço da Câmara da Indústria Comércio e Serviços (CIC) de Caxias do Sul desta segunda-feira, dia 9, Leandro afirmou que a lucratividade dos crimes digitais é cada vez maior. 

 

"Não precisa mais o cara usar a arma e uma touca ninja para obter dinheiro. Hoje em dia não sabemos mais quem é o criminoso que rouba muito dinheiro sem sair de casa", disse.

 

"Com certeza estamos em déficit. Não só o Brasil. Não tem uma tecnologia nacional que atue em incidentes como esses. Mesmo as tecnologias de fora têm o grande desafio de manter sua qualidade diante de novos modelos", avalia.

 

O especialista lembrou que empresas cuja plataforma é eletrônica têm mais valor por conta de seus sistemas do que de seus ativos. "Essas empresas concorrem com instituições que demoraram 50 anos para adquirir o que elas conquistaram em meses no mundo digital".

 

Ainda de acordo com Leandro Bissoli, o brasileiro não está viciado na máquinas, mas nos serviços digitais. Citou o exemplo do Whats App e das redes sociais. "Estamos viciados em informação e o espião é digital", alertou.

 

Ele garantiu que as questões de segurança são preponderantes e que o compartilhamento de senhas entre colegas ou mesmo pessoas da família torna qualquer sistema vulnerável. "É preciso proteger a identidade digital, fazer backups, ter regras claras e escritas sobre o uso da internet e a segurança da informação a ser gerada ou acessada. É preciso ter aviso prévio, através de documentos. São vacinas legais. Precisamos de campanhas de comunicação digital, procedimentos que gerem provas de resposta digital e similares", sugere.

 

Ele finalizou alertando para o crescente ataque dos criminosos digitais aos Smartphones. "Menos de 20% das pessoas aplicam segurança aos seus celulares", revelou.

 

 

 

Ouça a entrevista completa com o palestrante: