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Senado encaminha votação para abertura de processo contra Dilma

Senado encaminha votação para abertura de processo contra Dilma

A sessão do Senado Federal da tarde desta segunda-feira, dia 9, deve abrir uma semana considerada decisiva para o governo federal. Hoje, o plenário deve se reunir para a leitura do resultado da votação na Comissão Especial que recomendou a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

 

A partir da leitura, o parecer e o resultado da votação realizada na sexta-feira, dia 6, serão publicados no Diário Oficial do Senado. Somente depois da publicação é que se abre o prazo de 48 horas para a votação no plenário.

 

A intenção da Mesa Diretora é que a sessão que vai decidir sobre a instauração do seja feira na próxima quarta-feira, dia 11, mas a previsão é de que a votação só ocorra na quinta (12) porque, se os senadores quiserem, o presidente poderá suspender a sessão na quarta-feira à noite e retomá-la no dia seguinte de manhã. O tempo estimado apenas para a fase de discursos dos senadores é de 20 horas, mas o plenário ainda deve discutir questões de ordem que serão apresentadas pela base governista e o encaminhamento dos líderes.

 

A previsão é que a votação ocorra pelo painel eletrônico, sem a chamada nominal que houve na votação da Câmara.. Se os senadores aprovarem a abertura do processo, a presidente será afastada por até 180 dias e o vice-presidente Michel Temer assumirá o cargo. Se for rejeitado, o processo será arquivado. . Para iniciar a sessão, são necessários mais da metade dos senadores (41 de 81). Para aprovação, o quórum mínimo é de mais da metade dos presentes.

 

 

O parecer que será lido na tarde desta segunda-feira, assinado pelo senador Antonio Anastasia (PSD-MG) e aprovado na sexta-feira por 15 votos a favor e cinco contra, diz que a denúncia acolhida pela Câmara contra Dilma apresenta os requisitos exigidos pela lei e pela Constituição: indícios de autoria e existência de um crime de responsabilidade. O parecer levou em conta decretos da presidente que abriram créditos suplementares sem autorização do Congresso e as chamadas "pedaladas fiscais".